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Criada no bairro, Juliana Alves se diz em casa como rainha da Tijuca

30 jan 2013 - 17h19
(atualizado às 17h30)
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Juliana Alves volta à Unidos da Tijuca após dez anos neste Carnaval. Criada no bairro homônimo de classe média da zona norte do Rio de Janeiro, a atriz virá à frente da bateria da atual campeã do Carnaval, e diz se sentir em casa. Foi na Tijuca onde Juliana desfilou pela primeira vez. Em 2001, quando ainda não era famosa, a atriz cruzou a Sapucaí pela agremiação do morro do Borel. Repetiu a experiência em 2003. Nos anos seguintes, acabou passando por outras escolas da região da Tijuca, como Salgueiro e Vila Isabel. "Desfilei na Vila e no Salgueiro, são duas escolas pelas quais tenho carinho enorme. Mas como desfilei pela primeira vez na Tijuca, tenho um elo muito forte com a escola, pois foi ela que me fez me apaixonar pelo Carnaval. Me sinto em casa, representando a comunidade onde realmente vivi a maior parte da minha vida”, afirmou ao Terra, na noite de terça-feira (29), durante lançamento do livro do carnavalesco Paulo Barros.

A atriz é rainha de bateria da escola de samba da zona norte carioca
A atriz é rainha de bateria da escola de samba da zona norte carioca
Foto: Daniel Ramalho/Terra

O retorno de Juliana à Tijuca representa também uma espécie de fim de hiato da atriz com o samba. Nos últimos quatro anos, ela conta ter ficado afastada dos ensaios e, consequentemente, dos desfiles, para se dedicar à carreira. No ano passado, ela ainda abriu uma leve exceção e chegou a desfilar numa ala da Vila Isabel, após convite de última hora feito pelo cantor Martinho da Vila.

Juliana ressalta que sempre esteve envolvida com o samba, antes mesmo de ser convidada a desfilar nas escolas em posições de destaque. Ela confessa ser apaixonada por tudo ligado ao samba, especialmente nos desfiles das escolas. “Meu envolvimento com o Carnaval não é profissional. Dentro do que construo para minha carreira de atriz, poderia ficar mais preservada, mas decidi voltar após quatro anos, porque é uma paixão”, observou.

A pouco mais de uma semana do Carnaval, Juliana Alves revela que procura evitar se expor para preservar sua imagem. Segundo ela, uma rainha de bateria não deve se sobrepor à escola de samba. Por isso, ressalta se doar para que sua agremiação seja exaltada e divulgada neste período próximo ao Carnaval.

“Eu, como atriz, não faço tantas divulgações, tantas fotos, por questão de preservação de imagem mesmo. O meu corpo é emprestado para os personagens. A Juliana pessoa não pode ser maior do que a atriz, a intérprete. Quando se trata de uma escola de samba, é uma doação válida a se fazer naquele período curto, para que a escola seja exaltada e divulgada”, explicou.

Essa espécie de retiro é intensificado no dia do desfile. Segundo Juliana, o espetáculo é grandioso e exige muita responsabilidade e ela prefere se recolher completamente às vésperas da entrada na Sapucaí. “É uma forma de me equilibrar e ficar em conexão com Deus, potencializar tudo que eu estou fazendo para que aconteça da melhor forma possível. Acredito que seja melhor ficar sossegada, concentrada, fazendo minhas orações e meus exercícios de respiração. Tenho todo um cuidado com isso”, comentou.

Tal responsabilidade, ela salienta, aumenta ainda mais diante do posto que está ocupando neste ano. Juliana diz se preparar para o desfile com o mesmo afinco com que se mobiliza para um estreia numa peça teatral, ou qualquer outra atividade como atriz. “Agora, como rainha de bateria, por mais que exista a diversão, há uma responsabilidade maior de apresentar ali e ter um desempenho à altura daquele som, que é muito forte. A performance da rainha de bateria tem que ser intensa”.

Confiança é a resposta na ponta da língua de Juliana Alves quando questionada sobre a expectativa a respeito do desempenho da Tijuca no desfile marcado para o próximo dia 10. A agremiação será a terceira a passar no domingo de Carnaval. A atriz vem frequentando os ensaios preparatórios e ressalta que os componentes da escola estão “comprometidos, empolgados e com muita força”.

“Há duas semanas ensaiamos debaixo de chuva, um temporal. Fiquei com água na canela, encheu muito rápido. Todos foram até o final, cantando e dançando com muita garra. Não importa o que aconteça na avenida, a Tijuca vai estar com muita força”, afirmou.

Fonte: Terra
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