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Debatendo quadrinhos com Marcelo Forlani e Raoni Marqs

Sócio-Fundador do Omelete e quadrinista falam sobre exposição ‘Bruttal: originais com soco na cara’, bastidores de mercado e sugerem títulos

12 mar 2020 - 09h00
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Até o dia 31 de março fãs fiéis, ocasionais e curiosos vão poder conferir os bastidores do nascimento de uma HQ. Uma não, quatro. A Bruttal, selo de quadrinhos do Omelete, e os artistas Felipe Portugal, Raoni Marqs, Thiago Martins e Yuri Moraes mostram todo o processo criativo dos artistas na exposição ‘Bruttal: originais com soco na cara’, na 9ª Arte Galeria, em São Paulo, com mais de 50 obras entre as páginas e ilustrações originais dos autores. 

“Ba-da Bacon”, de Raoni Marqs; “Charlote Blues”, de Felipe Portugal; “Johnny Canivete”, de Thiago Moraes Martins; e “Venha a Nós o Vosso Reino”, de Yuri Moraes
“Ba-da Bacon”, de Raoni Marqs; “Charlote Blues”, de Felipe Portugal; “Johnny Canivete”, de Thiago Moraes Martins; e “Venha a Nós o Vosso Reino”, de Yuri Moraes
Foto: Divulgação

Para falar sobre o projeto, cuja parceria teve início antes da CCXP, o mercado de quadrinhos do Brasil e também fazer indicações de títulos, o Terra conversou com Marcelo Forlani, Sócio-Fundador no Omelete Group, e com o quadrinista Raoni Marqs. Confira, a seguir, a entrevista completa:

Terra: Como foi o bastidores do nascimento desse projeto?

Marcelo Forlani: Já conheço o Yuri (Moraes) há bastante tempo, e ele procurou com uma ideia de fazer uma shonen jump, que é o maior mangá publicado no Japão, e de onde saíram os maiores títulos, os mais famosos, como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, atualmente o One Piece. Ele é semanal e tem vendas astronômicos, e todo mundo sempre está esperando a próxima edição de alguns títulos. Eles misturam vários títulos dentro da shonen jump. Ela tem o tamanho de um livrão, mas ela traz um capítulo de cada título diferente e mais umas matérias. E a ideia deles era fazer uma revista inspirada nesse estilo, com quatro histórias diferentes, com quatro autores diferentes, e eles não necessariamente tinham que estar nesse mesmo universo. Então são quatro histórias que não conversam uma com a outra, a princípio, mas a gente já tem planos de fazer alguma coisa com elas juntas. E essa foi a ideia que eles trouxeram para a Bruttal, e também misturar o online com o impresso. E a ideia era fazer um ‘cross’ entre o online e o impresso. Então colocamos algumas (HQs) online, e usou o Omelete Box, que é o nosso sistema de assinatura e então no mês anterior ao lançamento da Bruttal, a gente mandou quatro gibis com os dois primeiros capítulos de cada história. Esses dois primeiros capítulos já estavam online também e então fomos para a CCXP com o livro pronto, já com os seis capítulos que envolvem o primeiro arco de cada uma das histórias da Bruttal. 

Raoni Marqs: A gente sempre fala que a gente (os quadrinistas) funciona como uma banda, então a gente realmente tinha reuniões, mas cada um cuidava do seu, cada um escrevia a sua história, fazia o que queria, mas semanalmente a gente se encontrava, a gente ia todo mundo junto tomar café ou se encontrava à noite, e levava vários rabiscos das páginas que ia fazer. Então a gente trabalhou muito junto no processo criativo das histórias, apesar de depois cada um ser responsável pela sua “baia”, em cada história. E o que todas elas têm em comum é que têm muito humor, têm muita ação. É o que a gente chama de “gibi com soco na cara”, que no fim das contas a gente está fazendo quadrinhos que são os que a gente gostava de ler quando começou a ler, que eram quadrinhos de aventura, que eram quadrinhos de heróis, e a gente meio que desconstruiu esses gêneros com as histórias que a gente está fazendo agora. Eu estou fazendo sobre um cara que está correndo atrás de um bacon mágico, o Yuri está escrevendo sobre um Deus Rei que quer escrever a biografia de um ídolo dele, mas não consegue, e toma um golpe de estado no meio do caminho. O Portugal está escrevendo sobre uma detetive que tem várias inseguranças, ansiedades, e o do Thiago é o mais cheio de referências das histórias que ele lê, porque é sobre um justiceiro de aluguel, que estão sempre brigando e estão sendo contratados por qualquer um. Então o elemento aglutinador foi esse, era ter muita risada, ter muita ação e aventura. 

Terra: O que que inspirou você a contar essa história da Ba - da Bacon? 

RM: Eu tenho uma ligação muito forte com comida. O Michael Pollan, que escreveu Cozinhar e O Dilema do Onívoro, ele sempre fala de como a comida é percebida na nossa sociedade. E ele fala também desse ‘boom’ de programas de gastronomia e a explicação que ele dá, que é quase um palpite, mas, a gente vê comida como essa coisa que nutre a gente, que na infância ela é feita pelos nossos pais, então alguém está fazendo aquilo para cuidar de você. Então independente se você enxerga isso ou não, a gente tem uma relação com comida que é meio emocional e que é sobre segurança, que é sobre esse quentinho na alma, que pra mim foi muito natural, porque se você olhar para a história de um ponto de vista conceitual, ela pode ser sobre qualquer coisa, um cara correndo atrás de uma coisa, e tem gente no caminho que ele vai enfrentar. Mas pra mim foi muito interessante escrever essa busca por esse negócio que é comida, para o pai dele, que é uma pessoa que ele está prestes a perder e que ele quer cuidar uma vez na vida. Quando a gente fala sobre comida, sobre o objetivo ser uma refeição gostosa, eu acho que todo mundo tem esse paralelo na própria vida, todo mundo vai entender sobre o que é isso, qual é o apelo. 

Terra: Além de quadrinista, você estudou cinema, trabalha com animação e é roteirista, como tudo isso te ajudou na carreira de quadrinista?

RM: É engraçado porque eu trabalho com animação, mas em uma parte do processo em que eu desenho as coisas todas paradas. A gente chama de storyboard. Então todas as cenas que vão ser animadas depois, eu desenho elas em quadros estáticos. Então tem essa cena, aparece essa composição, aparece essa e outra pessoa, então o que eu faço, apesar de ser para animação, é praticamente uma história em quadrinho. E eu lembro que quando eu fiz cinema, meu pai que me mandou fazer, e ele falou assim: 'não, vai ser legal você fazer cinema porque você vai ter muitas ferramentas diferentes que você pode usar em coisas diversas'. E foi exatamente isso, porque a noção que eu tive de cinema, que é da direção, que é você ter esse roteiro e a partir disso você vai criar, você vai filmar para contar essa história, como você vai dirigir, como vai ser o ritmo, então todas as coisas funcionam para os quadrinhos, porque nos quadrinhos você está fazendo um filme sozinho, você está enquadrando, você está dirigindo os atores, você está escrevendo roteiros, então é um conjunto de ferramentas que quando você trabalha em animação, quando você trabalha em cinema, quando você trabalha em roteiro, você está usando uma delas, mas no quadrinho você usa todas. Na Bruttal, cada autor foi responsável por toda a história, então a premissa, a trama, os personagens, as cores, as composições de cada página. Então ajuda bastante ter trabalhado com tanta coisa diferente, para fazer essas histórias em quadrinho. 

Terra: Normalmente é assim? As pessoas ficam inteiramente responsável por suas HQs?

RM: Depende muito de qual formato ou qual mercado você está trabalhando. Você ser responsável pela sua própria HQ pode ser um caráter mais independente, de ninguém estar te supervisionando, então você pode fazer o que você quiser. Mas no mercado japonês, por exemplo, o autor de HQ é quase um escritor de uma série na TV americana. Ele é responsável pela função da coisa toda, então tem o editor trabalhando com ele, mas é muito mais pra dar um norte, ou para dar um feedback. No mercado americano tem uma coisa muito mais compartimentalizada, de alguém vai escrever, alguém vai desenhar o lápis, alguém vai desenhar a tinta por cima desse lápis, alguém vai colorir. Linha de produção. Então talvez do jeito que a gente está fazendo, na escala que a gente pretende alcançar, esse público é meio incomum mesmo ter alguém, cada um vai ser responsável pela sua coisa e só vai que vai... mas foi bem legal, foi bem gostoso esse processo todo. 

Terra: E como que isso virou uma exposição?

MF: Foram eles mesmo (os quadrinistas) que foram atrás, eles já tinham esse contato. E além dos originais, com as páginas, a gente fez uma parceria também junto com a Iron Studios Workshop, para produzir quatro bonecos que são protótipos já para serem bonecos representando cada um dos personagens. Então os quatro protagonistas estão lá em formato físico, 3D, em exposição. 

Terra: E você diria que essa exposição atinge qual tipo de público? Quem não é leitor assíduo de quadrinhos também vai achar legal?

MF: Quem já lê quadrinhos vai ser muito mais fácil, mas como os universos são novos, acho que qualquer um pode chegar lá e pode se divertir com isso também. É diferente de você pegar um Batman, X Men, um Homem Aranha que você tem que voltar 80 anos no tempo de história, caso do Batman, por exemplo, que fez 80 anos em 2019, então já tem muita história que já foi contada ali. No caso da Bruttal, eles estão começando agora, então é um ótimo timing para pegar e ir lá conhecer. 

Terra: Pensando na CCXP, um dos destaques da última edição foi o número de quadrinistas trans, é uma preocupação de vocês diversificar as vozes que participam do evento?

MF: O curador Ivan Costa tem uma preocupação de dar muito espaço para mulheres, LGBTQ+, trazer pessoal da periferia. A gente sabe que quadrinho é uma arte muito importante. É meio difícil assim quem hoje não vai dizer que foi alfabetizado por Mauricio de Sousa, por exemplo. Então a gente vê isso como uma porta de entrada muito importante, e quanto mais artistas diferentes a gente conseguir mostrar no evento, por isso que no evento a gente se preocupa tanto em dar espaço para pessoas novas aparecerem, mostrarem seus trabalhos. E o legal é que o público que vai lá, tem muita gente que nem sabe, mas sai de lá carregado. E com esse leque gigantesco que a gente tem de artistas lá, você vai vendo gêneros diferentes aparecendo. Desde terror, quadrinhos autorais, porque muita gente quando pensa em quadrinhos, ou vai o infantil, Turma da Mônica, ou vai pensar no super herói, que está mais na mídia. E você vê ali uma pluralidade não só dos autores, mas também de gêneros.

Terra: Quando a gente pensa em produzir um conteúdo a gente tem as diferentes plataformas. Tem texto, tem vídeo e cada um tem sua especificidade. Para quadrinhos, o que que você acha que é o grande diferencial para ter muitos leitores fiéis e ainda ter a possibilidade de atrair mais novos leitores também?

MF: Eu vou falar mais como leitor e também como editor, eu acho que o que me atrai, e é o que eu acho que atrai as pessoas também, é uma história bem contada, que realmente te prende, te faz virar a página, ou no caso do digital, continuar rolando a tela atrás do próximo e do próximo quadrinho. Eu acho que a história bem contada quando você cria personagens que têm uma razão para estar fazendo o que estão fazendo, que não são personagens bobos, ou um maniqueísmo bobo, você leu duas páginas... e você já sabe com aquilo vai acabar. A ideia é realmente você surpreender a todo o tempo o leitor que vai ficar esperando o próximo capítulo, ou virar a próxima página para descobrir o que está acontecendo. É isso o que eu vejo como a busca que o quadrinista tem que ter. 

RM: Uma coisa que quadrinhos tem é que quase como um livro, você não vai no cinema, você não vai assistir com os seus amigos, o quadrinho é um momento que é seu, e ele apela para coisas, uma vez que ele tenha toda a parte visual, ele apela pra um lado que não é o livro pode te dar, ele é imagético, ele tem mais a ver com os livros que você lia na infância, que são cheios de desenho, e cheios de cor... então ele apela pra uma coisa que é muito mais emocional sua, enquanto os filmes podem ser uma coisa mais coletiva e os livros são uma coisa mais fria, porque é só texto, e aquilo está na sua cabeça. O quadrinho ele te traz algo que é interessante visualmente e que ele vai te pegar emocionalmente naquela história, ele é um negócio muito intimista.

Terra: Você acha que o digital ajuda?

MF: O digital ajuda porque ele democratiza. 

Terra: Porque existe essa polêmica com quadrinhos, há quem pense que eles são artigos de luxo. Você acha que são mesmo?

MF:

Sim e não. Ao mesmo tempo que ele é popular, que é acessível do ponto de vista de leitura. Não dá para generalizar porque tem coisas que são difíceis de ler, mas de uma forma geral, um quadrinho, ele é mais fácil, rápido, digerível. Como a gente vive hoje uma crise editorial gigantesca e global, a gente vê que o mercado está optando muito pelos encadernados, que são as histórias já fechadas, que são publicadas em formato de um livro, então tem mais páginas e acaba ganhando um valor mais alto do que era de quando eu era moleque e eu conseguia ler o gibizinho que custava menos do que o lanche da escola, por exemplo. Hoje em dia, realmente, as HQs estão mais caras por causa disso. Elas estão sendo vendidas em livrarias, principalmente em livrarias online, as livrarias estão sumindo também. Então, sim, está virando um item de luxo por essa dificuldade de conseguir valores mais democráticos. Então digital é uma forma mais rápida, fácil e muitas vezes mais barata também. No caso da Bruttal, por exemplo, é gratuita. Mas procurando, você acha. Uma coisa que eu acho que vale a pena dizer também que tem outras saídas pra você conseguir ler a sua HQ, seja indo em uma biblioteca, uma gibiteca... existe uma muito boa aqui em São Paulo, no Centro Cultural Vergueiro, ou procurar em sebos. Há formas de você conseguir ler, continuar lendo. 

Terra: E você acha que com a exposição há chances de conquistar novos leitores?

MF:

Sim. A ideia de criar uma galeria especializada em quadrinhos é muito boa porque o objetivo é justamente quebrar preconceitos, de pessoas que acham que quadrinho não é uma arte, por isso chamam de nona arte, porque está fora das sete que são as mais conhecidas, então toda a forma de divulgação dessa mídia eu acho super bem vinda. 

RM: Sim, na verdade, uma das coisas que a gente queria começando esse projeto era trazer um público que justamente não é de quadrinhos, porque quando você faz quadrinhos aqui, a gente não tem exatamente uma indústria de quadrinhos, apesar de ter um mercado de quadrinhos, então a gente queria mostrar o quanto a produção nacional pode ser interessante, pode ser comercial, pode ser divertida, para pessoas que não necessariamente leem quadrinhos. E essa foi uma coisa muito legal de estar com o Omelete como parceiro nisso, que eles têm um público muito mais amplo do que só a galera que lê quadrinhos. E a gente teve uma surpresas muito legais, puxando os números do site, por exemplo, a gente descobriu que 44% do público da Bruttal era feminino, o que a gente realmente não esperava, mas a gente gostou bastante, e um público até mais velho. Acho que a maioria do nosso público é de 25 a 34 anos, uma coisa assim... e a gente esperava que fosse um público mais jovem. E o que tem bem a ver com o público do Omelete também. Então a galera de quadrinhos está lá porque eles acabam descobrindo tudo o que acontece sobre quadrinhos nacionais no Brasil, porque está em contato com aquele mercado, mas a gente realmente está alcançando  uma galera que não era a que a gente tinha, se a gente estivesse lançando de forma independente ou se a gente não tivesse lançando todos juntos, por exemplo. 

Uma HQ clássica, autoral e do último ano

Marcelo Forlani

  • Batman Ano I, de Frank Miller e David Mazzucchelli
  • Semilunar, de Camilo Solano
  • Minha Coisa favorita é Monstros, de Emil Ferris

Raoni Marqs

  • Watchmen, 

É uma HQ de super-herói que desmonta o conceito de super-herói de um jeito tão interessante e definitivo que é um marco no gênero todo. Sem contar que o uso da linguagem é impecável – o jeito como eles manipulam a narrativa através do layout das páginas é uma aula.

  • Persépolis
  • Essa HQ conta sobre a revolução do Irã do ponto de vista pessoal da autora, então é muito interessante ver como quadrinhos podem explorar tanto um contexto histórico quanto uma narrativa autobiográfica. É um exemplar perfeito do quanto você pode fazer com quadrinhos sem usar qualquer gênero comercial – tipo super-heróis ou comédia – e mesmo assim contar uma história super cativante.

  • Roseira, Medalha, Engenho e Outras Histórias
  • Essa HQ é um monumento. é a coisa mais brasileira que eu já vi, além de ser o quadrinho mais lindo que lançaram aqui nos últimos anos. a arte e a narrativa são tão leves e tão maravilhosas que toda página me dá vontade de ir desenhar mais e contar mais histórias.

    Serviço:

    Bruttal: originais com soco na cara 

    Dia: 07 a 31 de março 

    Horários: terça a sexta-feira: das 12h às 17h e das 19h às 21h; sábado: das 12h às 19h 

    Local: 9ª Arte Galeria (R. Augusta, 1371 – Consolação) 

    https://originals.omelete.com.br/bruttal

    Entrada gratuita 

    Sobre os autores e obras

    • Ba-da Bacon conta a história de Gio Gianopoulos, um cara folgado e briguento que recebe um mapa e a missão de encontrar um Bacon Mágico -- um bacon tão delicioso e único que todo mundo quer encontrar. Para conseguir chegar a seu objetivo, Gio terá que enfrentar chefs de cozinha, chapeiros descontrolados, cozinheiros falidos, motoqueiros selvagens, vendedores de trufa e capangas da indústria alimentícia. Tudo porque o pai dele, já no bico do corvo, não quer morrer comendo gelatina de hospital. 

    Raoni Marqs, escritor e desenhista de Ba-da Bacon, estudou cinema e trabalha desenhando storyboards e escrevendo roteiros para séries como Irmão do Jorel, no Cartoon Network. Escreveu e desenhou mais de 500 páginas de quadrinhos, incluindo histórias sobre cavaleiros entregadores de pizza, cachorros padeiros que sonham em lutar boxe e samurais que jogam tênis. Escreveu o livro Como Escrever Histórias, que deu origem a uma série de vídeos para o YouTube sobre técnicas e teorias de escrita. 

  • Charlote Blues conta a história da personagem homônima, que já foi a melhor detetive da corporação, mas agora é só uma sombra do seu passado. Enfrentando uma depressão e uma rotina monótona ao lado de seu parceiro de trabalho, Quasímodo, ela é acionada para investigar um estranho caso de desaparecimentos em massa em sua cidade e terá a oportunidade de retornar à velha forma. Será que Charlote conseguirá provar seu valor? 
  • Felipe Portugal, autor e desenhista de Charlote Blues, faz quadrinhos para internet desde 2011. Já publicou em revistas independentes como a antologia Libre! (2013), além das graphic novels Espiga (2015) e Granizo (2017), pela Ugra Press.  

  • Johnny Canivete é o último justiceiro de aluguel da família Canivete. Conhecidos pelo uso de armas brancas em seus serviços, filho e pai são surpreendidos e derrotados em uma missão pelas justiceiras estreantes Fadas de Botas. Johnny perde sua mão direita e seu pai durante o combate. Em busca de vingança contra as Fadas, JC adapta as mais diversas lâminas a seu punho e se torna um verdadeiro canivete humano.  
  • Thiago Moraes Martins, autor, escritor e desenhista por trás de Johnny Canivete, começou sua carreira na MTV Brasil, onde criou, dirigiu e animou séries que fizeram história na animação brasileira como Fudêncio e Seus Amigos, Megaliga, The Jorges, Infortúnio com a Funérea, entre outras. Como quadrinista, publicou em 2016, A Sereia de Mongaguá, pela editora Veneta. Atualmente faz direção, direção de arte e design de personagens da série que cocriou chamada, Gigablaster, exibida diariamente no canal Gloob.  

  • Venha a Nós o Vosso Reino: Após centenas de anos de tédio, o tirânico ditador da maior nação do continente Zaxxar, Deus Rei Lixo, trancou-se em seu escritório real para escrever uma biografia de aventuras do seu personagem televisivo favorito, Beto Royale. Enquanto tenta se dedicar à arte da escrita, Deus Rei Lixo sofre um golpe de estado e é destronado. Além de começar uma vida civil completamente diferente da qual estava acostumado, Deus Rei Lixo terá que lidar com seu polêmico passado, enfrentar seus sanguinários desafetos e causar guerras entre reinos para, quem sabe, vencer seu bloqueio criativo. 
  • Yuri Moraes, escritor e ilustrador de Venha a Nós o Vosso Reino, trabalhou como roteirista e diretor de segmentos em programas como The Noite, Furo MTV, Casseta & Planeta, VMB, Hermes & Renato e Comédia MTV. É criador/integrante do canal Os Megafodas e do grupo humorístico Gangbang, que produziu esquetes para a MTV Brasil entre 2009 e 2011. Como quadrinista, lançou dois livros: Garoto Mickey (2011), pela Dobra Editorial, e Wasteland Scumfucks: Terra do Demônio (2017), pela Editora Veneta. 

    Veja também:

    'Prefiro a caçada suavizada', diz Mauricio de Sousa sobre o novo 'Caçadas de Pedrinho':
    Fonte: Redação Terra
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