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Daniel Haidar revela desafio em viver Rocky Balboa nos palcos: 'Pode custar um nariz quebrado'

Em entrevista à CARAS Brasil, Daniel Haidar compartilha preparação para viver Rocky Balboa no teatro e fala sobre semelhanças com o personagem clássico

25 abr 2025 - 11h32
(atualizado às 14h31)
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O ator Daniel Haidar em ensaio inspirado em Rocky
O ator Daniel Haidar em ensaio inspirado em Rocky
Foto: Divulgação/Rael Barja / Caras Brasil

Daniel Haidar (25), destaque no teatro musical brasileiro, encarna o personagem clássico Rocky Balboa nos palcos até o dia 18 de maio, data final da atual temporada de Rocky — O Musical, em São Paulo. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator revela desafio em viver o lutador icônico interpretado por Sylvester Stallone (78): "Pode custar um nariz quebrado", conta.

Preparação de corpo inteiro

Interpretar Rocky Balboa, segundo Daniel, demanda mais do que presença cênica: exige fôlego, músculo e disciplina. O ator conta que se entregou por completo ao papel, transformando sua rotina meses antes da estreia.

"Regrei desde a alimentação até o horário de sono. Vivi para o Rocky até mesmo antes dos ensaios começarem. Quis mergulhar de cabeça mesmo", relembra. O intérprete destaca como parte central da preparação os treinos com o médico e treinador Paulo Muzy (44). "Realmente, um desafio diário", confessa sobre a preparação.

Apesar da nova rotina, a conexão entre a preparação de um ator e a de um boxeador, segundo ele, é maior do que se imagina. "Assim como no trabalho de ator, no boxe, você estuda todos os golpes, aperfeiçoa as movimentações e, depois de todo o processo, só vai com o coração para o inesperado da luta". A intensidade física da encenação também surpreendeu: "Três minutos de um round parecem uma eternidade", brinca, comparando com o esforço contínuo de manter a presença de cena em musicais.

Entre ator e personagem

Mais do que socos, o personagem de Rocky — O Musical carrega feridas emocionais profundas. Daniel diz que trouxe sua própria bagagem para o papel, dando à construção dramática uma camada pessoal. "Rocky é um cara que toma muito caldo na cabeça, de todos os lados da vida, mas não se entrega", afirma.

O ator conta que usou episódios desafiadores da própria vida como combustível para compor o personagem: "Fui revisitando esses momentos em que tive que acreditar em mim, seja profissionalmente ou até do ponto de vista de caráter". Essa fusão entre o pessoal e o ficcional também se manifestou fisicamente. "Emprestei para ele uma dor no ombro direito que me acompanha há alguns anos", revela.

A identificação com Rocky se estende à sua persistência diante das adversidades: "Na pandemia, foi muito difícil continuar acreditando no meu trabalho com o mundo parado, pessoas próximas adoecendo... Foi uma missão seguir em frente".

Legado de Stallone

Se por um lado Sylvester Stallone criou um personagem icônico, por outro, Haidar sabia que precisava imprimir sua própria verdade na encenação. "É impossível não referenciar e me inspirar, ainda mais no quesito gestual", admite. Mas, mesmo respeitando a essência do "Garanhão Italiano", ele buscou novas camadas para o personagem: "Penso que a chave do meu processo foi justamente enxergar o Rocky como um personagem escrito e tomar as liberdades que o texto permitia".

A construção de um novo Rocky também exigiu a exploração de seu lado emocional, como explica o artista: "As pessoas querem ver o Rocky lutando, seja no ringue ou na vida. Então, esse boxe interno dele é uma conquista cena a cena. Não dá para dar essa missão por cumprida até o final da última apresentação. É uma pesquisa cena a cena, diariamente".

Luta sem dublê

Daniel reforça que teatro não permite erros e, no caso de Rocky — O Musical, o risco é literal, com cenas de luta que exigem precisão milimétrica. "Qualquer erro ou desatenção ali pode nos custar um nariz quebrado", alerta o ator.

A preparação intensa e o apoio do professor de boxe Filipe Gomes garantem que tudo aconteça com segurança. "A melhor coisa foi aprender como se defender e esquivar de verdade para eventuais golpes certeiros".

A combinação entre teatro musical e combate físico resulta em um espetáculo vibrante que tem conquistado o público. O ator compara a experiência da plateia com a de uma final de campeonato: "O clima das apresentações tem sido de copa do mundo, pessoas urrando na luta, reagindo ao beijo, dançando e cantando junto nos hits do Rocky", comemora. 

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