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Daniel Day-Lewis ganha 3º Oscar e faz história

25 fev 2013 - 05h34
(atualizado às 06h17)
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O britânico Daniel Day-Lewis fez história ao se tornar a primeira pessoa a ganhar o prêmio de melhor ator no Oscar por três vezes.

O ator, que era considerado o favorito, foi recompensado por seu papel em Lincoln, de Steven Spielberg.

"Eu realmente não sei como isso aconteceu. Sei que recebi muito mais do que o meu quinhão de boa sorte em minha vida", disse ele.

Um filme sobre um resgate coletivo no Irã, o suspense Argo, de Ben Affleck, ganhou o prêmio de melhor filme.

Em uma transmissão ao vivo da Casa Branca, a primeira-dama Michelle Obama se juntou a Jack Nicholson para ajudar a apresentar o prêmio de melhor filme no final da noite.

Argo é o primeiro vencedor de melhor filme desde 1989 a não ter uma indicação simultânea de melhor diretor - o que ocorrera naquele ano com Conduzindo Miss Daisy.

Mas, apesar de omissão de Affleck na categoria de melhor diretor, o filme tinha sido amplamente cotado para levar o prêmio máximo.

Affleck, que tinha ganhado um Oscar em 1997 pelo roteiro de O Gênio Indomável, disse: "Nunca pensei que estaria de volta aqui e eu estou por causa de muitos de vocês que estão aqui hoje à noite".

Ele acrescentou: "Não importa como você é derrubado na vida, o que importa é como você se levanta".

Argo também levou a estatueta de melhor roteiro adaptado.

Lendas

A vitória no Oscar de Daniel Day-Lewis o coloca à frente de lendas de Hollywood como Jack Nicholson, Marlon Brando, Dustin Hoffman e Tom Hanks - todos vencedores de de melhor ator no Oscar por duas vezes.

Day-Lewis, que detém cidadania dupla irlandesa e britânica, que já ganhou por Meu Pé Esquerdo (em 1990) e Sangue Negro (2008), tem uma reputação de mergulhar fundo em seus papéis.

Seu primeiro papel de destaque foi em 1985, no drama britânico Monha Adorável Lavanderia, e seus outros filmes incluem O Último dos Moicanos, A Idade da Inocência e Uma Janela para o Amor.

Jennifer Lawrence ganhou o Oscar de melhor atriz por seu papel como uma jovem perturbada viúva em O Lado Bom da Vida.

A atriz, de 22 anos de idade, que tropeçou em seu vestido a caminho para o palco, brincou: "Vocês estão em pé apenas porque sentem-se mal porque eu caí e isso é embaraçoso".

Diante da enorme audiência no Teatro Dolby, ela acrescentou: "Isso é loucura."

Foi o primeiro Oscar de Lawrence, previamente indicada a melhor atriz em 2011 por sua atuação em Inverno da Alma.

Anne Hathaway ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel como operária de uma fábrica no filme musical Os Miseráveis.

Sua aparição no filme, magra, de cabelo cortado e cantando, com lágrimas nos olhos, I Dreamed a Dream, a fez favorita ao Oscar. "Ele se tornou realidade", disse a atriz quando recebeu a estatueta.

Foi o primeiro Oscar de Hathaway, anteriormente nomeada em 2008, por O Casamento de Rachel.

A cantora britânica Adele ganhou o Oscar de melhor canção original por seu tema para 007 - Operação Skyfall, mais recente filme do agente James Bond.

Ela lutou com as lágrimas para agradecer aos produtores de Bond e ao co-autor da canção, Paul Epworth, que recebeu o prêmio ao lado dela.

'Pessoas certas'

Ang Lee ganhou seu segundo Oscar por dirigir Vida de Pi, a adaptação do romance de Yann Martel sobre um garoto preso em um barco salva-vidas com um tigre de Bengala.

O diretor, nascido em Taiwan, que venceu anteriormente com O Segredo de Brokeback Mountain (2006), disse: "Preciso compartilhar isso com todos os 3 mil que trabalharam comigo em a Vida de Pi".

Vida de Pi recebeu outros dois Oscar, por fotografia e efeitos visuais.

Christoph Waltz ganhou o seu segundo Oscar de melhor ator coadjuvante em um filme de Quentin Tarantino, desta vez como um caçador de recompensas alemão em Django Unchained.

Pegando o primeiro prêmio da noite, Waltz agradeceu a seu personagem Dr. King Schultz e a "seu criador, Quentin Tarantino."

O ator austríaco ganhou o primeiro Oscar como um coronel nazista em Bastardos Inglórios, de Tarantino, em 2010.

Tarantino ganhou o prêmio de roteiro original por Django Unchained, acrescentando um Oscar ao que ganhou com Pulp Fiction, em 1994.

"Eu tenho que lançar as pessoas certas para fazer os personagens ganharem vida e desta vez que eu fiz isso", disse ele.

A categoria de melhor filme de curta de animação foi vencida por Paperman, enquanto o escocês Brave ganhou melhor animação em longa-metragem.

Excepcionalmente, houve um empate na categoria edição de som - o Oscar foi compartilhado por Zero Dark Thirty e Skyfall.

Procurando Sugar Man, que conta a história do músico Rodriguez, que desapareceu da vista do público no início de 1970, mas se tornou cultuado na África do Sul, ganhou o Oscar de melhor documentário.

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