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Antonio Nóbrega estreia novo trabalho hoje no Festival OBND

O renomado artista da cultura popular brasileira sobe ao palco do Auditório Ibirapuera, em São Paulo

8 mai 2015 - 15h31
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Se Antonio Nóbrega fosse um verbete do dicionário, certamente teria como um dos seus significados o termo “cultura popular brasileira”. O artista e pesquisador da nossa cultura preparou com sua companhia um novo trabalho, intitulado “PAI”. A estreia será em hoje no Festival O Boticário na Dança, no Auditório Ibirapuera, às 21h. Em entrevista exclusiva ao Terra, Nóbrega falou sobre sua trajetória e sobre as inquietações de seu novo espetáculo.

<p>Antonio Nóbrega e companhia estão vindo aí com novo espetáculo que mistura imaginário corporal brasileiro e tradição ocidental da dança</p>
Antonio Nóbrega e companhia estão vindo aí com novo espetáculo que mistura imaginário corporal brasileiro e tradição ocidental da dança
Foto: Silvia Machado / Divulgação

“É a primeira vez que me sinto a vontade para a reflexão de um tema em cena”, afirma ao falar sobre o novo espetáculo que, segundo ele, não aborda a questão de gênero ‘homem e mulher’, mas sim de ‘campos de forças diferentes’. 

“A ausência da figura paterna causa um desequilíbrio, uma visão distorcida, porque vivemos em um mundo polarizado, onde há o feminino e o masculino”, explica Nóbrega, que está há três meses envolvido com os ensaios e preparativos de “PAI”. Embora vá tratar de um tema denso, no espetáculo os dançarinos fazem do palco um grande jogo de tabuleiro, onde giram, saltam e fazem piruetas.

Nóbrega também afirma que as danças populares avançaram no que se refere à valorização diante das danças eruditas. “Participar de um evento como o Festival O Boticário na Dança e poder se apresentar em uma sala importante como o Auditório Ibirapuera é um reconhecimento de que o imaginário popular tem alguma coisa a dizer”, diz.

Quem é Antonio Nóbrega?

Nascido na capital pernambucana em 1952, Nóbrega começou sua carreira artística como violinista. “Foi meu pai quem me encaminhou para a música quando viu que eu tinha aptidão”, relembra. O menino, que começou a tocar aos oito anos, foi aluno da Escola de Belas Artes do Recife e prosseguiu na música até que recebeu um extraordinário convite do escritor Ariano Suassuna.

“Ele me convidou para integrar o Quinteto Armorial. Foi, então, a partir daquela busca por uma música legitimamente brasileira que entrei em contato com a dança. Eu já tinha 19 anos”, conta o multinstrumentista que dali em diante tornou-se também dançarino. O Quinteto Armorial foi um grupo musical idealizado por Suassuna, que de 1970 a 1980, tinha como proposta criar uma música erudita com raízes populares. Hoje vive e trabalha em São Paulo, onde fundou o Instituto Brincantes.

Serviço

“PAI” (estreia mundial)

Companhia Antonio Nóbrega de Dança

Festival O Boticário na Dança

Auditório Ibirapuera

8 de maio, 21h

boticario.com.br/danca

Fonte: Cross Content
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