Ana Castela e ex-empresário se enfrentam na Justiça
Audiência tensa e ausência física da cantora marcam processo em Londrina
O que acontece quando o sucesso de uma estrela em ascensão colide com disputas de bastidores? Foi exatamente esse o cenário vivido na última terça-feira, em Londrina, no Paraná, onde Ana Castela e seu ex-empresário, Agesner Monteiro, protagonizaram mais um capítulo de um embate que promete se arrastar por algum tempo nos tribunais.
A audiência judicial, marcada para discutir o rompimento contratual entre a artista e seu antigo gestor, durou cerca de sete horas e, segundo o próprio Agesner, foi marcada por ausências e alegações pesadas. A ausência física da cantora gerou desconforto.
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Ana participou virtualmente após solicitar com apenas três horas de antecedência a autorização para não estar presente no fórum. A justificativa oficial? Compromissos profissionais. Mas, para o ex-empresário, o gesto soou mais como um recuo estratégico.
"Ela pediu para fazer online quase em cima da hora. A gente não tem o que esconder, por isso viemos pessoalmente", afirmou Agesner nas redes sociais logo após a audiência. A crítica também se estendeu à AgroPlay, gravadora que hoje administra a carreira de Ana Castela e que, segundo ele, sequer enviou representantes. "Ninguém apareceu. Foi estranho", resumiu.
A disputa jurídica entre as partes tem pano de fundo bilionário. Segundo reportagem do colunista Daniel Nascimento, do jornal O Dia, Agesner Monteiro move uma ação contra Ana Castela alegando que foi afastado de maneira irregular da função de empresário, mesmo tendo um contrato em vigor até 2027.
O valor que ele afirma ter deixado de receber com o rompimento gira em torno de R$ 150 milhões — sim, você leu certo.
Agesner alega que foi surpreendido pela mudança na condução da carreira da artista, que passou a ser representada pela AgroPlay em meio ao sucesso meteórico de Ana. Ele afirma que construiu os primeiros passos da cantora no mercado sertanejo e que, por isso, tem direito a uma fatia considerável do que ela ainda irá lucrar nos próximos anos.
A cantora, por sua vez, tem mantido o silêncio sobre o processo e evitado se manifestar publicamente sobre o assunto. Seus representantes legais alegam que todas as movimentações seguiram os trâmites contratuais e que não há irregularidades na transição da gestão de sua carreira.
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A audiência desta semana pode ter representado apenas a primeira de muitas. De um lado, um ex-empresário que se diz traído e financeiramente lesado. Do outro, uma artista que ascendeu rapidamente e agora precisa lidar com os custos jurídicos do estrelato.
No tribunal, a palavra "verdade" foi mencionada diversas vezes, por ambos os lados. Mas, como em quase todos os processos de grande visibilidade, resta saber quem conseguirá prová-la de forma mais convincente.
Por enquanto, o que temos é uma história em aberto, recheada de emoções, versões conflitantes e um cenário onde os holofotes iluminam não apenas os palcos, mas também os bastidores conturbados da fama.
The Music Journal Brazil
