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A crítica de João Barone a bolsonaristas: "tem que ser muito débil mental"

Baterista d'Os Paralamas do Sucesso exaltou gestões de presidentes como Getúlio Vargas, JK, FHC e Lula — e criticou quem apoia o retorno de Bolsonaro

16 abr 2025 - 16h08
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João Barone, baterista d'Os Paralamas do Sucesso
João Barone, baterista d'Os Paralamas do Sucesso
Foto: Mauricio Santana / Getty Images / Rolling Stone Brasil

Um comentário de João Barone sobre distintos presidentes da República viralizou na rede social Threads e se estendeu a outras plataformas. O baterista d'Os Paralamas do Sucesso exaltou os feitos de outros presidentes, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente no cargo, e criticou quem deseja o retorno de Jair Bolsonaro, atualmente inelegível.

Inicialmente, sem citar nomes, Barone refletiu sobre governos de políticos como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva — este último de volta ao cargo na eleição mais recente:

"Alguns presidentes do Brasil entraram para a História por realizar grandes feitos. Um trouxe a siderurgia, criou a CLT, outro levou a capital para o coração do Brasil, implementou as rodovias, outro acabou com a hiperinflação, fortaleceu a moeda, outro veio e tirou o país do mapa da fome e nos colocou como 8ª economia mundial."

Na sequência, também sem mencionar o nome de Jair Bolsonaro, declarou:

"Não consigo entender quem ainda quer um sociopata miliciano genocida golpista de volta ao poder. Tem que ser muito débil mental pra isso."

A postagem gerou mais de 2,4 mil curtidas e centenas de comentários somente no Threads. "Bolsonaro atrasou vacina e o PT roubou o dinheiro do povo. Os dois são genocidas. Tá passando pano pra político por quê?", afirmou um. "Ser débil é acreditar no que você falou sobre o Lula, ignorar a corrupção no governo Petista, não reconhecer que Bolsonaro segurou as pontas na economia durante uma pandemia e uma guerra e Lula, sem pandemia, está detonando o Brasil", disse outro. "Além de melhor batera do Brasil, uma pessoa que não tem medo de se posicionar perante as barbaridades do nosso país", apoiou um terceiro.

Após um internauta chamar sua atenção, Barone ainda fez correção posterior sobre um termo utilizado de forma equivocada: "débil mental". Ele disse:

"Me desculpo pelo termo inapropriado, não quis ofender os inocentes desprovidos de capacidades cognitivas, me referia aos loucos messiânicos que distorcem a realidade atrás das ilusões de riqueza e poder."

Nasi rebate bolsonaristas em show do Ira!

Outro músico do rock brasileiro dos anos 1980 se envolveu em polêmica após uma declaração de tom político no palco. Durante show do Ira! em Contagem (MG), no último dia 29 de março, Nasi gritou "sem anistia" para manifestar seu apoio à condenação dos envolvidos nos ataques aos prédios do poder público em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. A fala também faz referência aos investigados pela tentativa de golpe de Estado em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na ocasião (via site Igor Miranda), o cantor disse:

"Pra vocês que estão vaiando, eu vou falar uma coisa pra vocês: tem gente que acompanha o Ira!, mas nunca entendeu o Ira! Nunca entendeu o Ira! Tem gente que acompanha a gente e é reacionário, tem gente que acompanha o Ira! e é bolsonarista, isso não tem nada a ver, gente! Por favor, vão embora! Vão embora da nossa vida! Vão embora e não apareçam mais em shows, não comprem nossos discos, não apareçam mais. É um pedido que eu faço."

No último dia 9 de abril, um comunicado divulgado por casas de eventos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul confirma que quatro shows da banda na região Sul estão cancelados devido ao episódio. As performances aconteceriam em Jaraguá do Sul (30 de abril no Teatro Scar), Blumenau (1º de maio no Teatro Michelangelo), Caxias do Sul (2 de maio no All Need Master Hall) e Pelotas (3 de maio no Theatro Guarany).

Os perfis em redes sociais de três das quatro casas de eventos — Teatro Scar, Teatro Michelangelo e All Need Master Hall, esta via Stories — publicaram uma mesma nota assinada pela 3LM Entretenimento. O conteúdo (via site Igor Miranda) declara:

"Informamos que devido aos últimos acontecimentos envolvendo a banda Ira!, não temos outra alternativa a não ser os cancelamentos dos shows nas cidades de Jaraguá do Sul, Blumenau, Caxias do Sul e Pelotas. Recebemos inúmeros pedidos de cancelamento de ingressos adquiridos, desistência de patrocinadores e o risco claro de não progressão das vendas até as datas dos shows.
Lamentamos o ocorrido, somos uma produtora com mais de 30 anos de mercado e nosso principal patrimônio é o público, e este deve ser muito bem tratado por nós produtores e pelos artistas, que deveriam subir ao palco apenas para apresentar suas músicas e talentos.
A quem adquiriu os ingressos antecipadamente, os valores serão automaticamente restituídos, conforme as formas de pagamentos realizadas, diretamente pelo sistema de ingressos no prazo de até 30 dias. 3LM Entretenimento / Zig Tickets."

Em nota à parte, o Teatro Michelangelo afirmou:

"Respeito é um sentimento positivo que se caracteriza por considerar as qualidades de alguém ou algo, cultivando a empatia. Alteridade consiste em reconhecer que as pessoas e culturas são diferentes; elas são diversas e têm suas próprias maneiras de pensar e agir. Uma pessoa altruísta é aquela que pensa no outro antes de pensar em si. É ética ao considerar esse interesse pelo próximo como um princípio fundamental da moralidade.
Não nos importa sua crença religiosa, sua afinidade política, seu gênero, raça ou cor. Importa-nos, isso sim, que se divirtam e usem este espaço da forma que quiserem sendo sempre melhores do que entraram.
Aqui dentro queremos trocas de energia na estratosfera entre artistas e público, queremos rostos felizes na saída, tanto de público quanto artistas. Antes, durante e após, aqui dentro queremos respeito, alteridade e altruísmo! Gratidão pela compreensão disto, hoje e sempre!"

Nasi se manifesta

Em entrevista a Yuri da BS para a Billboard Brasil, Nasi declarou que os shows "foram cancelados em comum acordo com o contratante" e "com muita tranquilidade". Ele culpa uma movimentação de apoiadores de Bolsonaro com direito a pessoas que sequer iriam às apresentações.

"A gente achou, por ora, transferir para o futuro. Porque houve um bombardeiro desses fascistas. Porque eles agem de maneira fascista. É engraçado porque até o contratante falou que recebeu mensagens de pessoas de Manaus, algo como 'ah, eu não vou no show'. (risos) O cara nem ia no show! Esses caras que estão enchendo o saco aí, robozinho… Todo mundo sabe como o gabinete do ódio age, né? Daqui a pouco eles eles pegam outro para Cristo. Numa boa, o Ira! saiu maior do que entrou nessa história."

Ainda de acordo com o vocalista, boa parte da plateia em Contagem havia começado a gritar "sem anistia" antes dele — e sua manifestação está alinhada com o posicionamento político de décadas do Ira!. Embora reconheça o exagero ao afirmar que os fãs contrários deveriam "ir embora e não aparecer mais nos shows", ele aponta que não gostaria de ter esse tipo de público.

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