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Stellantis, GM, Hyundai e VW suspendem produção no Brasil

Com vendas em baixa, Stellantis, GM, Hyundai e VW anunciaram suspensão de produção a partir desta segunda-feira, 20 de março

20 mar 2023 - 17h17
(atualizado em 21/3/2023 às 14h04)
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Picape Fiat Toro vai ter produção suspensa por conta das vendas em baixa.
Picape Fiat Toro vai ter produção suspensa por conta das vendas em baixa.
Foto: Stellantis / Guia do Carro

A taxa de juros elevada, o alto índice de inadimplência e a consequente dificuldade na oferta de crédito vêm contribuindo para derrubar as vendas de automóveis no País, e a primeira consequência mais grave disso tudo foi o anúncio dos grupos Stellantis (controladora das marcas Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot, entre outras) General Motors (Chevrolet) e Hyundai Motor Brasil sobre a suspensão da produção em algumas de suas fábricas no País, por conta dos estoques elevados.

A Hyundai comunicou que está concedendo férias coletivas de aproximadamente 20 dias para os funcionários da fábrica de Piracicaba (SP), onde são montados os modelos HB20 e Creta. A partir do dia 22, será a vez da Stellantis interromper as atividades na unidade de Goiana (PE), de onde saem os Jeep Renegade, Compass e Commander, além da picape Fiat Toro. Já a GM vai interromper as atividades da planta de São José dos Campos (SP), responsável pela produção da picape S10 e do SUV Trailblazer, a partir do dia 27 de março.

É importante recordar que o setor automotivo já vinha sofrendo com a falta de componentes – principalmente semicondutores – desde 2020, por conta das restrições impostas pela pandemia e por problemas de logística. O resultado foi uma retração nas vendas e a perda calculada de 630 mil automóveis que deixaram de ser montados nesses dois anos.

Polo Automotivo de Goiana (PE), da Stellantis, será uma das fábricas que terá produção interrompida.
Polo Automotivo de Goiana (PE), da Stellantis, será uma das fábricas que terá produção interrompida.
Foto: Stellantis / Guia do Carro

O problema dos insumos persiste, mas com impactos menores. A Volkswagen, por exemplo, vai interromper novamente as atividades em Taubaté (SP) por dez dias, também a partir do dia 27 deste mês – lembrando que a empresa havia suspendido as operações no local, além de São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR) pelo mesmo problema no início deste ano.

De 2019 até o ano passado, o setor automotivo acumula queda nas vendas de 24,5%, e a perspectiva não é animadora, de acordo com especialistas no mercado, que afirmam que esse cenário pode se estender até o próximo ano.

No fim de fevereiro, montadoras e concessionárias contabilizavam pouco mais de 187 mil veículos estocados em seus pátios, o que seria suficiente para abastecer o mercado durante 40 dias de vendas, e esse número estava acima da média considerada normal, que é de 30 a 35 dias.

Como reflexo, os modelos usados e seminovos, que haviam registrado grande valorização durante o período de falta de veículos novos, agora têm preços estáveis. Além disso, as montadoras voltaram a investir em promoções como estratégia para esvaziar seus estoques.

Ou seja, para quem tem dinheiro no bolso, o momento é ideal para comprar um carro novo. O problema é encontrar o consumidor que tenha dinheiro e que ainda esteja disposto a se comprometer com a compra de um automóvel nesse momento de incertezas.

Guia do Carro
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