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Vivo amplia lucro e receita, mas vê mercado receoso

8 mai 2009 - 07h12
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A Vivo Participações, maior companhia de celular do Brasil, registrou um lucro líquido de 123,5 milhões de reais no primeiro trimestre do ano, ante um resultado positivo de 97,6 milhões em igual período do ano anterior.

A companhia, controlada pelos grupos Portugal Telecom e Telefónica, ampliou também a receita líquida, mas sente o consumidor um pouco mais "conservador" este ano, segundo Roberto Lima, presidente da operadora.

Depois de ver o Brasil começar o ano "um pouco assustado", Lima aponta que o celular ganhou a concorrência de outros setores na preferência do consumidor, já que o governo isentou de IPI automóveis e itens da linha branca, o que pode inibir a troca do aparelho móvel.

A alta do dólar também elevou o preço dos aparelhos, contribuindo para retrair o consumidor.

Em relação ao uso do serviço, "tanto empresas como pessoas físicas estão fazendo um uso mais racional", apontou Lima. Mesmo assim, "a gente vê que nosso serviço é essencial, o uso do serviço cresce bastante".

A empresa adicionou 696 mil novos clientes no trimestre e fechou março com 45,6 milhões de usuários, volume 19 por cento maior que em igual mês de 2008.

A receita líquida subiu 9,2 por cento, para 4,02 bilhões de reais, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, da sigla em inglês) ficou em 1,2 bilhão de reais.

Sem a Telemig Celular, o Ebitda teve uma alta de 25,2 por cento, mas a operadora mineira adquirida pela Vivo teve um efeito extraordinário no primeiro trimestre de 2008, o que fez com que o resultado combinado deste ano representasse uma queda de 7,8 por cento sobre o de igual trimestre do ano passado.

CONCORRÊNCIA ACIRRADA

O acirramento da concorrência e a conquista de usuários de menor poder aquisitivo, entretanto, reduziram a receita média por usuário (ARPU, da sigla em inglês) da Vivo no período. O ARPU caiu 8,5 por cento, para 27 reais.

De acordo com Lima, em entrevista à Reuters, "o ARPU vem caindo ano a ano pelo aumento da concorrência e pela atração de usuários novos vindos de camadas mais baixas da população".

Segundo ele, muito dessa concorrência tem se baseado em preço, o que faz com que parte dos clientes fiquem "com dois ou três chips no bolso" e elevem as taxas de churn (desistência).

Nem por isso, Lima vê sinais de concorrência predatória no mercado. "É o mercado, não vejo nada antiético, acho que tem alguma coisa agressiva, mas cada um com suas armas, cada um com aquilo em que acredita", ponderou.

Ele lembra, inclusive, que a receita média poderá subir na medida em que os usuários ampliarem o acesso à banda larga pelo celular. A receita de serviços de dados da Vivo cresceu 29 por cento no trimestre sobre igual período de 2008, mas a rede 3G, lembra Lima, por enquanto está restrita a 400 municípios, enquanto os serviços de voz estão em todo o Brasil.

EMPRESA POUCO ALAVANCADA

O endividamento líquido da Vivo subiu para 5,57 bilhões de reais no primeiro trimestre, ante os 2,22 bilhões de igual período do ano anterior, graças aos investimentos feitos ao longo do ano passado na implantação da rede em novas regiões, na compra da Telemig Celular e no pagamento das licenças de 3G.

Apesar do aumento em números absolutos, Lima destaca que a empresa conseguiu alongar o perfil da dívida e se considera hoje "uma companhia muito pouco alavancada", já que o endividamento corresponde a 1,1 vezes o Ebitda (do ano passado), enquanto analistas consideram razoável ter uma relação de até 2 vezes o Ebitda em dívidas.

(Edição de Eduardo Simões)

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