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Vírus influenza invade cérebro para causar doença grave

Ao entender como o vírus influenza consegue entrar no cérebro para gerar encefalopatia associada à gripe, cientistas podem desenvolver tratamentos mais eficazes

3 mai 2024 - 15h45
(atualizado às 19h00)
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O vírus influenza pode causar uma doença grave chamada encefalopatia associada à gripe. Para isso, invade o cérebro de maneira bem sorrateira. Um estudo publicado na revista Acta Neuropathologica no último dia 30 descobriu exatamente como isso acontece.

Foto: cottonbro studio/unsplash / Canaltech

A encefalopatia associada à gripe pode se manifestar como inflamação no cérebro (encefalite) ou como disfunção cerebral difusa (encefalopatia), e atinge principalmente crianças, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.

Para entender melhor o mecanismo que o vírus da gripe usa para entrar no cérebro, os pesquisadores da Osaka University usaram uma combinação de amostras de cérebro humano, um modelo de rato e métodos de cultura celular

Com isso, descobriram que o vírus da gripe tende a acumular nas células endoteliais — responsáveis pela barreira protetora entre o sangue e o cérebro.

O vírus influenza não se reproduziu ativamente nas células endoteliais, mas mesmo assim os cientistas perceberam um acúmulo de proteínas virais.

Tratamento para encefalopatia

Os sintomas da encefalopatia associada à gripe podem incluir febre alta, confusão, alterações no estado mental, convulsões e até mesmo coma.

Já o tratamento envolve o uso de antivirais para tratar a infecção, além de medidas de suporte para controlar os sintomas e prevenir complicações. Em casos graves, pode ser necessário internação hospitalar e cuidados intensivos.

Vírus da influenza pode invadir o cérebro (Imagem: Alex Motoc/Unsplash)
Vírus da influenza pode invadir o cérebro (Imagem: Alex Motoc/Unsplash)
Foto: Canaltech

Com as novas informações em mãos, os autores do estudo buscaram medicamentos antivirais que se concentram nos processos de produção de proteínas, em vez daqueles que impedem a proliferação do vírus.

E deu certo! As classes de antivirais reduziram o acúmulo de proteínas virais e a morte celular, mostrando alta eficácia.

Ou seja: ao entender melhor como o vírus influenza invade o cérebro para causar a doença, os cientistas agora podem testar métodos de tratamento que sejam mais eficazes e direcionados. É uma linha de raciocínio que pode se aplicar também a outros vírus.

Fonte: Acta Neuropathologica

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