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Pizza, funk e jogos: conheça o lado B da Campus Party

Durante a noite, quando as palestras oficiais acabam, a feira ganha vida com programação que tem o campuseiro como centro das atenções

7 fev 2015 - 07h19
(atualizado às 07h23)
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Jovens jogam "Battlefield 4" com colegas online
Jovens jogam "Battlefield 4" com colegas online
Foto: Henrique Medeiros / Terra

Campus Party 2015, quinta-feira, 5 de fevereiro, 23h30. As últimas palestras de destaque sobre tecnologia e empreendedorismo terminaram. Mas nenhum campuseiro parece estar a caminho de sua barraca para encerrar o dia e dormir. Na verdade, uma segunda Campus Party está prestes a começar. 

Regados a muita pizza, refrigerante, doces e energéticos, os campuseiros se voltam ao que parece ser o grande interesse de todos: os jogos. Pode ser o emulador de um clássico, um game de última geração, ou um velho jogo de tabuleiro, como “Imagem e Ação” e “Banco Imobiliário”. Não interessa - o jogo domina. 

Campus B

Fora do SP Expo (Imigrantes), outra Campus Party acontece. Nela, motoboys, vendedores de pizza e ambulantes esperam os nerds para um outro tipo de diversão com seus carros e motos abastecidos de pizza, coolers de bebida e música. Para além do portão da Campus Party, comer e beber é mais barato e a cerveja é liberada,coisa que não acontece dentro do evento. 

Grupo de campuseiras se veste de personagens da série japonesa "Sailor Moon"
Grupo de campuseiras se veste de personagens da série japonesa "Sailor Moon"
Foto: Henrique Medeiros / Terra

O local é conhecido pelos campuseiros como a "Campus B”, uma Campus Party alternativa. Aos milhares, os jovens visitam este lado do evento que faz as vezes de "válvula de escape”, com cigarros, comida e bebida.

Um vendedor que preferiu não se identificar revelou que esperava ter lucro de R$ 500 vendendo 150 latas e 150 garrafas de cerveja, 48 latas de Coca-Cola e 48 latas de Guaraná. O refrigerante saía por R$ 3 e a cerveja, R$ 7. “E olha que amanhã vou trabalhar (para garantir o retorno)”, disse ele.

Outro vendedor, de pizzas, disse que esperava vender cerca de 60 unidades do produto. Identificando-se apenas como Júnior, o rapaz chamava os campuseiros às compras sob o olhar vigilante dos seguranças do evento. “A pizza favorita deles é a ‘meia a meia’. Meia calabresa e meia muçarela”, explicou o vendedor. Além das pizzas, vendidas por valores que vão de R$ 20 a R$ 60, também são comercializadas garrafas de refrigerante dois litros por R$ 6,50.

Embora frequentado por muitos, o Campus B não é bem um destino, senão uma simples parada. Poucos vão até lá e ficam por lá comendo pizza e bebendo refrigerante, por exemplo. A maioria só compra os produtos - ou recebe algo por delivery - e leva a comida de volta para a feira. “É muito caro comer lá dentro”, diz Felipe Augusto da Silva, campuseiro de primeira viagem que veio de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Ele e um amigo compraram uma pizza e um refrigerante de dois litros na Campus B e gastaram R$ 55.

Os campuseiros Samuel Moraes e Luiz Roberto, também do Rio Grande do Sul, foram mais longe para economizar. Eles não só não compraram a comida dentro da feira, como também não a compraram fora e oprtaram por pedir uma entrega de pizza. Por uma porção parecida com a de Felipe e seu amigo, desembolsaram palatáveis R$ 26,90. “Não dá para pagar o preço lá de dentro. Mais em conta só o sanduíche natural, que custa a R$ 8,00”, disse Moraes. Roberto lembra que pedir comida da rede de fast-food árabe Habib's também é opção popular para quem não quer gastar muito. 

Batalhas na Campus Party

Por volta das 00h30, com o fim dos eventos principais, as comunidades da Campus Party tomam os palcos. Entre os eventos há discussões sobre jogos, futuro da tecnologia, internet, mídias sociais e software livre.

Nenhuma discussão, porém, rivaliza com o tamanho e a popularidade do que acontece Palco Vênus. Lá, os jovens fazem batalhas de séries e personagens enquanto outros se divertem com o cosplay - prática que envolve o uso de fantasias e maquiagem para reproduzir personagens de séries de quadrinhos e de TV.

Palco ao lado da Batalha de Cosplay, Júpiter, sobre segurança da tecnologia, estava quase vazio
Palco ao lado da Batalha de Cosplay, Júpiter, sobre segurança da tecnologia, estava quase vazio
Foto: Henrique Medeiros / Terra

Na batalha de séries e personagens, um grupo debate com o outro sobre qual tema é mais “legal” e melhor que o outro em determinada série. Os ânimos ficam agitados quando um grupo defende “Batman” e outro o “Coringa”, ou quando um tenta defender Charlie Harper, da série “Two and Half Man”, e a outra turma tenta provar as qualidades de Barney Stinson, de “How I Met Your Mother”.

Os embates são arbitrados por um palestrante, porém a plateia atua com fervor como se estivesse em uma luta. 

Na batalha de cosplay, além da clássica disputa para premiar quem tem a melhor fantasia, conhecida em várias feiras de cultura nerd, também existe uma disputa de karaokê. Empolgados e às vezes a caráter, muitos jovens perdem a vergonha e extravasam cantando e dançando canções de Frank Sinatra, Chitãozinho & Xororó, Claudinho e Bochecha e hinos do funk.

PC x Saúde

Horas a fio diante do computador, pouco sono e alimentação muitas vezes desregulada pode cobrar seu preço. Um dos médicos do evento disse ao Terra que a média de atendimentos médicos na Campus Party é de 65 a cada 12 horas. Pode parecer muito, mas trata-se de um número inferior aos atendimentos dados aos campuseiros nos tempos em que a feira acontecia no Anhembi. “Aqui é mais úmido e mais frio que o Anhembi - lá era muito quente”, explica o profissioanl.

De prontidão para atender quem passar mal estão duas equipes médicas que trabalham em turnos de 12 horas cada completas com duas ambulâncias com UTI, médico, enfermeiro e motorista. Um centro médico com dois médicos e dois enfermeiros a mais também está constantemente disponível. 

Boa parte dos atendimentos é para dor de barriga, dor de cabeça e dor articular. “O pessoal esquece da vida na frente do computador, aí aparecem esses quadros”, explica o médico que não quis se identificar. Houve ainda atendimentos para fraturas simples, crises de ansiedade e bronquite. O médico, porém, diz que este está sendo um dos melhores anos da festa. "E no próximo ano deve ser ainda a melhor", aposta.

Fonte: Terra
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