O "RG ocular" de Sam Altman pretendia escanear um bilhão de olhos; não alcançou nem 2% disso
A ideia de Altman de criar uma identificação digital por meio da íris enfrenta uma série de dificuldades
O World, o ambicioso projeto de Sam Altman para verificar a identidade humana por meio de escaneamentos de íris, conseguiu registrar 17,5 milhões de pessoas desde seu lançamento público em 2023. Um número que, embora possa parecer impressionante, representa apenas 2% de sua meta inicial de um bilhão de usuários.
A ideia de Altman era criar uma rede global de identidade digital (uma espécie de RG) verificada por biometria ocular. Para isso, os usuários precisam se apresentar diante de um dispositivo esférico chamado Orb, que escaneia sua íris e gera um código digital único, o World ID. Em troca, eles podem acessar um aplicativo com diversos serviços e também recebem tokens da criptomoeda Worldcoin, que atualmente vale cerca de 60 centavos de euro por unidade.
"Ele está criando a doença, mas também quer criar a cura", afirmou um ex-funcionário da empresa ao site Business Insider.
Regulamentação
O projeto esbarrou em uma barreira de rejeição institucional. Como aponta o veículo, Espanha, Hong Kong, Portugal, Indonésia, Alemanha e Brasil impuseram vetos, suspensões ou medidas cautelares, enquanto, no Quênia, ele foi proibido um mês após o lançamento. As autoridades alemãs concluíram no ano passado que as medidas de proteção de dados "não seriam suficientes para implementar um nível adequado de segurança diante de cibercriminosos ou agentes estatais".
Em outubro, as Filipinas emitiram uma ordem de paralisação, a Colômbia ordenou interromper as operações e apagar dados e a ...
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