O Linux está se despedindo do software que lhe permitiu dar o salto para o desktop há 34 anos; mas o substituto é muito melhor
O X11 permitiu que o Linux se tornasse uma plataforma viável para usuários de desktop. Mas, com seu substituto Wayland, surge uma oportunidade de melhorar a experiência gráfica
Por mais de três décadas, o sistema de janelas X11 foi o pilar fundamental do ambiente gráfico no Linux (que, quando nasceu, era, vale lembrar, um sistema operacional estritamente de linha de comando). Desde seu lançamento em 1984 e sua adoção em massa com a expansão dos ambientes de desktop Unix e, posteriormente, do GNU/Linux, o X11 atuou como o incansável intermediário entre aplicativos, tela, mouse e teclado.
Mas tudo tem seu fim e esse momento finalmente chegou: grandes distribuições Linux como Fedora e Kubuntu começaram a desativar o suporte padrão ao X11, marcando uma mudança de era no ecossistema do desktop Linux. Claro, isso não significa que deixarão de ter uma interface gráfica — muito pelo contrário.
O que é o X11 e por que durou tanto?
O X11, também conhecido como "X.Org" em suas versões mais recentes, é um sistema de janelas que gerencia a forma como os aplicativos gráficos são exibidos na tela e interagem entre si. Sua arquitetura cliente-servidor foi revolucionária em sua época, mas também foi projetada para um contexto muito diferente do atual: redes lentas, hardware limitado e necessidade de portabilidade entre máquinas remotas.
Por anos, o X11 foi um símbolo de flexibilidade e compatibilidade, permitindo o uso remoto de aplicativos gráficos, múltiplos gerenciadores de janelas e uma grande variedade de ambientes de desktop.
Mas essa flexibilidade também foi sua maldição: com o passar do tempo, seu design se tornou obsoleto, difícil de manter e ...
Matérias relacionadas
Suporte gratuito do Windows 10 é estendido por mais um ano, mas com ressalvas