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Negócios e TI

Reino Unido cria seus próprios "Vales do Silício" da tecnologia

23 mar 2012 - 08h11
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O governo britânico está apostando fortemente no desenvolvimento do que chama "Cidades Tecnológicas", conglomerados de empresas do setor que têm por objetivo fomentar uma indústria que, muitos apostam, terá um papel fundamental na economia do país. Entretanto, diferentemente do Vale do Silício nos Estados Unidos, diz reportagem da BBC, este desenvolvimento, no Reino Unido, não está se dando de forma centralizada: já existem diversas cidades tecnológicas, com mais ou menos êxito.

Silicon Rondabout pretende convertirse en el principal centro de desarrollo tecnológico de Reino Unido.
Silicon Rondabout pretende convertirse en el principal centro de desarrollo tecnológico de Reino Unido.
Foto: Getty Images

Um dos projetos mais ambiciosos é o Silicon Roundabout, situado em uma rótula da Old Street, no leste de Londres, que tem entre seus promotores o Google e muitas outras empresas de internet que esperam converter a capital britânica em um novo centro chave de empreendimentos na rede. É o Vale do Silício londrino.

Eze Vidra, do Google, conversou com o repórter da BBC no café do Google Campus, um novo espaço da empresa para incentivar o intercâmbio entre empreendedores. O Google Campus é uma contribuição da gigante das buscas Silicon Roundabout. "Até agora não tínhamos este espaço de encontro centralizado, onde todos os empreendedores pudessem se conhecer, contatar investidores, assistir a eventos, participar de hackathons (encontros de programadores para o desenvolvimento colaborativo de software)", disse Vidra. "Vamos colocar alguns móveis de yoga, e as pessoas poderão simplesmente sentar-se aqui e dedicar-se a programar ou a manter uma tranquila videoconferência", continua.

A lógica do Campus é a lógica do Silicon Roundabout: que as empresas de tecnologia possam se beneficiar por estarem próximas de outros negócios similares.O governo britânico tem se mostrado entusiasmado e incentivou o crescimento desta Cidade Tecnológica, extendendo-a até o recentemente construído Parque Olímpico. E este é apenas um dos centros que as autoridades britânicas estão desenvolvendo por todo o país.

Para Eric Van der Kleij, chefe executivo do governo do Reino Unido para o desenvolvimento de investimentos em cidades tecnológicas, disse à BBC que este tipo de centro tem o poder que ele chama de 'colisões': "por haver tantos empreendedores e investidores concentrados em uma área, você encontra essas colisões acidentais que geram tanto inovação quanto novas oportunidades", explicou.

Mas há sentido em incentivar o crescimento destes conglomerados de companhias de internet quando a rede em si mesma tende a romper qualquer barreira geográfica? "Este conglomerado é muito importante porque é bastante difícil, como humanos, inclusive com as melhores ferramentas tecnológicas, lograr uma comunicação cara a cara confiável", diz Van der Kleij. "E isto é o que as cidades tecnológicas proporcionam".

A reportagem da BBC cita ainda outras três experiências: Silicon Fey, Silicon Glen e Emerald Valley. Em Cambridge, em uma área conhecida como Silicon Fey, a ARM Holdings se dedica a desenhar microprocessadores amplamente usados em tablets e smartphones. "Se você tem um tablet ou um smartphone, há 100% de probabilidade de que tenham chips desenhados pela ARM", diz o chefe executivo Warren East.

Nem tudo é sucesso

Silicon Glen, em Kilbride, na Escócia, é uma área onde se encontra a antiga planta de produção da Motorola. Hoje, o único rastro de vida vem dos ruídos dos geradores de energia utilizados por alguns trabalhadores em seu interior abandonado. O estacionamento, diz a BBC, agora cercado, é testemunha muda dos milhares de trabalhadores que iam ao local.

Mas junto ao complexo entretanto, ainda funciona a FreeScale, que emprega 180 pessoas no design de sistemas de automação de alta tecnologia. "Tínhamos muitos empreendedores e companhias de design, mas a fabricação se mudou por uma questão de custos", explica Andy Birnie, da FreeScale. Para ele, entretanto, há sentido em criar este tipo de conglomerado: "é difícil inovar por teleconferência, é melhor ter gente com habilidades complementares em uma mesma área", explicou ele à BBC.

E no norte da Irlanda se encontra o Emerald Valley, um conglomerado que, diferente dos outros, aposta em pequenos negócios. Sem subvenções diretas do Estado, tentam gerar um centro de tecnologia que empregue cerca de 30 mil pessoas. "Vamos construir o próximo Google", diz Nicola Bates, cofundadora do projeto. "Teremos que inventivar o que estamos fazendo bem, os pequenos nichos, os produtos de qualidade", disse. Os escritórios se situam em um edifício vitoriano em uma rua salpicada de negócios, bem diferente do Google Campus de Londres, mas com o mesmo objetivo.

Bates acredita que as oportunidades na indústria digital estão ao alcance de qualquer cidade com uma boa conexão de internet. "Uma vez que temos acesso à internet, acessamos o mundo", diz.

Fonte: Terra
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