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Não faça como Bolsonaro: entenda por que compartilhar senha é errado

Dar a senha para pessoas de confiança pode não ser uma boa ideia; fatores de autentificação podem ser alterados e usados contra você

12 mai 2023 - 13h58
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Passar senhas de redes sociais para terceiros pode virar uma verdadeira dor de cabeça
Passar senhas de redes sociais para terceiros pode virar uma verdadeira dor de cabeça
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Jair Bolsonaro não publica nada na internet desde que seu filho, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), se incomodou com atitudes do pai. Com isso, Carlos trocou as senhas das redes sociais do ex-presidente no dia 16 de abril. As informações são do site Metrópoles.

Carlos já teve acesso às redes do irmão, o hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), as quais também já bloqueou temporariamente, em 2016. Afinal, é arriscado ceder as senhas de nossas contas em plataformas digitais, mesmo para pessoas que confiamos?

Você pode ser bloqueado 

Senhas foram criadas para serem exlcusivas. Não é novidade que essa ferramenta de segurança serve para guardar nossas informações confidenciais. Mas, mesmo que tenhamos liberdade para dividir alguns dados com certas pessoas, a senha também dá o poder para terceiros tirarem essas informações de nós.

Ou seja, ter liberdade com alguém não significa que você deve dar sua senha a ela. Quando alguém tem acesso a uma rede social de outra pessoa, pode por exemplo mudar configurações de autentificação, como e-mail e número de confirmação. Assim, impedirá a pessoa de sequer recuperar o acesso da conta caso a senha seja mudada, como parece ser o caso do drama familiar de Bolsonaro.

Senha123?

O perigo fica ainda maior se você faz parte dos 66% de usuários de internet que reutilizam senhas em diversos cadastros, como mostrou um levantamento do instituto The Harris Poll em parceria com o Google.

O simples compartilhamento de uma conta em uma plataforma de streaming pode dar a alguém o acesso a um e-mail atrelado à sua conta no banco. Já pensou?

A vulnerabilidade dos outros vira a sua insegurança

Dores de cabeça podem surgir mesmo sem má intenção. Caso a pessoa com a sua senha sofra algum incidente de segurança, como um roubo, vazamento de dados ou invasão no aparelho celular, seus dados acabam expostos com os dela. 

Além disso, quem envia a você alguma mensagem pode não saber ou querer que outra pessoa terá acesso ao conteúdo. Tudo vira uma bagunça de privacidade.

Tem gente com a sua senha? Aproveite para mudá-la

Um levantamento da empresa de cybersegurança Kaspersky mostrou que 58% dos brasileiros não trocam suas palavras-chave com frequência, o que por si só já é um problema. 

"Nos últimos anos os ataques para obter senhas se tornaram mais avançados e variados. Por exemplo, hackeamento de serviços, a criação de diferentes programas  maliciosos ou sites de phishing podem ser usados para roubar senhas fracas ou até mesmo atacar serviços de armazenamento de senhas. Dados roubados podem ser vendidos na dark web, afetando a vida offline e digital das pessoas", comenta Marc Rivero, pesquisador de segurança da Kaspersky.

Mudar a senha com certa frequência pode ser uma boa alternativa para quem busca atualizar sua própria segurança e garantir que ninguém mais tem acesso a informações confidenciais.

Como criar e armazenar senhas?

O Nubank lista em seu blog algumas dicas para criar senhas seguras e garantir que elas não serão vazadas. Além de não compartilhar a sua senha com terceiros, veja algumas orientações:

  • Evite sequências numéricas como “123456” ou “111111”, assim como palavras simples e combinações óbvias, como a data do seu aniversário;
  • Crie uma senha longa, com palavras que, juntas, formam uma frase sem sentido. Assim você despista hackers que usam programas de tentativa e erro;
  • Nunca repita a mesma senha em mais de um cadastro;
  • Jamais anote a sua senha, nem no papel, nem no bloco de notas do celular e muito menos em apps de mensagens instantâneas;
  • Utilize um gerenciador de senhas para armazená-las em um ambiente seguro e criptografado.
Fonte: Redação Byte
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