Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Não é telepatia: cientistas criam cadeira de rodas controlada pela mente

Um estudo da Universidade do Texas (EUA) fez com que pacientes com paralisia nos quatro membros se locomovessem por ambientes controlados

21 nov 2022 - 15h28
Compartilhar
Exibir comentários
caderia de rodas
caderia de rodas
Foto: Universidade do Texas em Austin

Uma equipe de cientistas da Universidade do Texas (EUA) conseguiu fazer com que três pessoas com paralisia em seus quatro membros se movessem em uma sala com uma cadeira de rodas controlada por pensamentos. O experimento sugere que a nova tecnologia pode ajudar pacientes na mesma situação a se locomover por diversos ambientes.

A estratégia usada pelos cientistas tem menores riscos de complicações e causa menos fadiga aos pacientes, quando comparada a procedimentos similares. Até então, pesquisas haviam desenvolvido sistemas em que os pacientes deveriam usar os olhos ou passar por um procedimento cirúrgico invasivo para a instalação de eletrodos no cérebro para usar uma cadeira parecida.

Neste experimento, os participantes usam uma espécie de touca contendo 31 eletrodos, que medem a atividade cerebral de forma não invasiva. O aparelho mede os sinais de uma região do cérebro que regula o movimento, chamada de córtex sensório-motor. Depois transmite os dados para um laptop instalado na parte de trás da cadeira de rodas, onde um sistema de inteligência artificial traduz as informações em movimento para as rodas.

Para se mover para a direita, os participantes deveriam imaginar mover os dois braços, por exemplo. Para a esquerda, deveriam pensar no movimento das duas pernas.

A equipe treinou os participantes durante um período de dois a cinco meses, com três sessões de treinamento por semana. Durante cada sessão, a equipe pediu aos participantes que fizessem cerca de 60 comandos.

O paciente 1 entregou comandos corretos em 37% das vezes, em média, nas primeiras dez sessões de treinamento, aumentando para 87% de precisão nas dez sessões finais. A precisão da direção do paciente 3 também melhorou, de 67% para 91%. Já o paciente 2 dirigiu consistentemente com uma precisão média de 68% durante o treinamento.

“Haverá pessoas que aprenderão muito rápido e muito bem, depois haverá outras que precisarão de mais tempo para aprender, como a Pessoa 2, mas acho que qualquer um pode aprender”, diz José Millán, um dos cientistas envolvidos no estudo.

Os participantes também foram submetidos a alguns obstáculos, como quartos repletos de objetos dos quais deveriam desviar. O paciente 1 completou o circuito em cerca de quatro minutos com 80% de sucesso, em média, em 29 tentativas.

Já o paciente 3 completou o circuito em aproximadamente sete minutos, com 20% de sucesso, em média, em 11 tentativas. O paciente 2 alcançou o terceiro ponto de verificação do percurso em cerca de cinco minutos durante 75% de suas tentativas, mas não conseguiu completar todo o caminho estipulado pelos cientistas.

“Eu não diria que a abordagem é útil em ruas movimentadas ou ambientes menos controlados, mas a capacidade de se mover de forma independente pode ser um grande benefício para essas pessoas”, diz Millán.

Fonte: Redação Byte
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade