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Namoro online é seguro? Veja como se proteger de golpes e ameaças

Priorizar plataformas que ofereçam selos de autenticidade pode ajudar na verificação de identidade.

13 jun 2025 - 04h59
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Plataformas de namoro online se consolidaram como um meio para conhecer pessoas, mas também representam um ambiente para atividades criminosas. Mauricio Estewans, analista de sistemas e especialista em segurança cibernética, alerta que o que pode parecer uma busca por conexão pode se tornar uma experiência terrível. 

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Segundo o especialista, golpistas atuam na manipulação de emoções, e as vítimas não devem se sentir culpadas. Ainda assim, há formas de ficar atento para evitar problemas maiores.

Como operam os golpes de romance

Golpistas utilizam uma estratégia de manipulação. Eles estabelecem uma conexão emocional rápida, com uso de elogios, histórias de superação pessoal e planos futuros. 

Um estudo da FBI IC3 (Internet Crime Complaint Center), de 2022, indicou que 60% dos golpistas levam meses construindo confiança antes de solicitarem dinheiro. Em seguida, buscam isolar a vítima, pedindo para que as conversas ocorram apenas em canais privados e para que a comunicação não seja compartilhada com amigos ou familiares.

O pedido de dinheiro geralmente ocorre após uma "crise financeira" simulada. Exemplos incluem familiares doentes, taxas para liberar heranças ou a necessidade urgente de passagens aéreas. Embora o Relatório da Europol de 2023 mostre que 70% das vítimas são mulheres acima de 40 anos, homens jovens também são alvos, especialmente na comunidade LGBTQIA+, onde a ameaça de exposição pode ser usada para chantagens.

Proteção de dados além do dinheiro

Os golpistas buscam não apenas dinheiro. Eles também coletam informações valiosas, como:

  • Fotos íntimas. Utilizadas para extorsão sexual, conhecida como "sextorsão".
  • Documentos pessoais. RG, CPF e comprovantes podem ser usados em fraudes bancárias.
  • Histórico de conversas. Padrões emocionais e comportamentais são negociados em fóruns para personalizar novos golpes.

Sinais de alerta a observar

Mauricio Estewans indica sinais que devem levantar suspeitas:

  • Perfis sem redes sociais ou criados recentemente. Um perfil com poucas semanas de existência é um indicativo.
  • Fotos genéricas. Imagens de modelos ou militares são usadas; uma busca reversa no Google Lens pode verificar a autenticidade.
  • Pedidos de sigilo. Frases como "Vamos apagar nosso chat?" podem ser uma tática para eliminar rastros da conversa.
  • Aversão a videochamadas. Desculpas como câmera quebrada ou timidez são usadas para evitar a exibição do rosto real.

Medidas de proteção para o uso online

Não é necessário desistir do uso de aplicativos de relacionamento, mas é fundamental adotar medidas de proteção. O especialista recomenda:

  • Use aplicativos com verificação facial. Priorize plataformas que oferecem selos de autenticidade, o que pode ajudar na verificação de identidade.
  • Crie um e-mail descartável. Evite usar seu e-mail principal em aplicativos de relacionamento.
  • Habilite a autenticação em dois fatores (2FA). Aplicativos como Authy adicionam uma camada de segurança contra invasões.
  • Mantenha conversas na plataforma. Golpistas podem pressionar para migrar para aplicativos como WhatsApp ou Telegram para apagar evidências. Manter a conversa no aplicativo original dificulta isso.

Como agir em caso de golpe

Caso uma pessoa se descubra vítima de um golpe de romance, é importante agir rapidamente.

  • Não pague por silêncio. Chantagistas tendem a não cessar as cobranças após o primeiro pagamento.
  • Denuncie imediatamente. No Brasil, registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) online e reporte o ocorrido ao SaferNet.
  • Monitore seu CPF. Serviços como Serasa e Registrato (Banco Central do Brasil) podem alertar sobre atividades financeiras suspeitas realizadas em seu nome.
  • Busque apoio psicológico. O impacto emocional de um golpe pode ser significativo. Organizações como o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferecem suporte gratuito pelo telefone 188.

Mauricio Estewans reforça que a responsabilidade não é da vítima. "Criminosos são profissionais em manipular emoções. É essencial ficar atento, confiar menos em promessas irreais e mais em verificações simples para proteger o coração e os dados", afirma o especialista.

Fonte: Terra Content Solutions
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