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Mudanças climáticas potencializam doenças neurológicas

Segundo estudo, mudanças climáticas potencializam sintomas relacionados a cefaleia, demência, esclerose múltipla, parkinson e AVC. A relação vem dos poluentes

21 nov 2022 - 11h01
(atualizado às 13h22)
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De acordo com um estudo publicado na revista científica Neurology na última quarta-feira (16), as mudanças climáticas podem potencializar o quadro de determinadas doenças neurológicas. Para chegar a essa informação, os pesquisadores analisaram o total de 364 artigos da área.

Segundo essa metanálise (justamente um estudo que tem como base as informações publicadas em outros estudos), esses eventos de mudança climática pioram os sintomas relacionados a cefaleia, demência, esclerose múltipla e Parkinson. Por sua vez, o acidente vascular cerebral (AVC) também pode se tornar mais prevalente por conta das alterações no clima.

A razão por trás dessa relação se justifica apor meio dos poluentes transportados pelo ar, principalmente no que diz respeito a nitratos e material particulado fino (PM2.5), diretamente relacionados ao agravamento das condições anteriormente citadas.

Foto: lgrainger5/envato / Canaltech

" A mudança climática expandiu comprovadamente as condições favoráveis para doenças zoonóticas além das fronteiras tradicionais e representa o risco de doenças em novas populações suscetíveis. Os artigos foram tendenciosos para regiões ricas em recursos, sugerindo uma discordância entre onde a pesquisa ocorre e onde as mudanças são mais agudas", aponta o estudo.

"Como tal, três prioridades principais surgiram para um estudo mais aprofundado; mitigação do risco de doenças neuroinfecciosas, compreensão da fisiopatologia dos poluentes transportados pelo ar no sistema nervoso", continua o artigo.

A equipe declara que mais estudos são necessários para buscar maneiras de reduzir a transmissão de doenças neuroinfecciosas. A comunidade científica também deve se concentrar em entender como a poluição do ar afeta o sistema nervoso.

Fonte: Neurology

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