Meta está vivenciando uma realidade global em primeira mão: você pode querer não depender da China, mas não dá
China fechou um grande negócio com a fabricação de óculos inteligentes; Meta terá dificuldades para não depender da China para a implantação dos dispositivos.
Embora o discurso de Mark Zuckerberg sobre a importância do domínio dos EUA em IA em relação à China tenha assumido um tom cada vez mais agressivo, a realidade é que deixar de depender do gigante asiático nesse aspecto é complicado. Seu compromisso estratégico com óculos inteligentes depende quase inteiramente de fornecedores chineses, especialmente da Goertek. Segundo fontes do Financial Times, trata-se de uma empresa que consolidou seu controle sobre toda a cadeia de suprimentos do setor em Shandong.
Fontes próximas à empresa afirmam que Zuckerberg se reuniu com Trump para discutir a importância de os Estados Unidos liderarem a corrida tecnológica contra a China. No entanto, pelo menos por enquanto, sua empresa não consegue fabricar seus dispositivos mais promissores sem empresas chinesas.
Os óculos Ray-Ban Meta, que venderam mais de dois milhões de unidades desde seu lançamento, e os novos Hypernovas que serão exibidos no evento "Connect" da Meta, dependem da Goertek para sua produção.
Controle
A Goertek não se contentou em ser uma simples fabricante. Segundo a mídia, a empresa chinesa executou uma estratégia agressiva de aquisição para controlar pontos-chave da cadeia: assumiu o controle da Shanghai OmniLight, especializada em dispositivos micro/nano ópticos para óculos inteligentes, e financiou a compra da Plessey, fornecedora britânica de ótica que também trabalha para a Meta. "A Meta não tem escolha a não ser trabalhar com eles, pois são o fornecedor mais estável e ...
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