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Internet

Japonês cria modo de sentir abraços e gostos pela internet

15 set 2010 - 14h52
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O professor Adrian K. Cheok, da Universidade de Keio, no Japão, está desenvolvendo uma tecnologia que trabalhará com impulsos elétricos aplicados diretamente no cérebro, levando o organismo a experimentar sensações de toque e gosto via meios eletrônicos, como internet e celular.

Cheok está criando uma tecnologia de realidade aumentada que utiliza impulsos elétricos no cérebro para estimular certas reações no corpo. Algumas das experências possíveis com a tecnologia seriam sentir o gosto de um pirulito, vinhos ou mesmo biscoitos caseiros. Abraços poderiam ser dados via internet e uma mensagem de texto poderia ter um gosto doce, ou amargo, literalmente.

Sarah Lacy, colunista do site Tech Crunch, acredita que a tecnologia pode trazer sérias complicações, tanto éticas quanto legais. Para ela, é fácil pensar em coisas produtivas para se fazer, mas é também fácil pensar em coisas perigosas, principalmente se tratando da internet.

Umas das questões mais importantes é, sem dúvida, a segurança de jovens e crianças com acesso a redes sociais e chats na rede. Lacy mostra preocupação com relação às atividades dos filhos em redes como MySpace, Facebook e Orkut, por exemplo, principalmente com relação aos constantes casos de pedofilia, imaginando o que um abraço (e por que esperar que as coisas vão parar só no abraço?) via internet poderá causar.

É claro que existem boas aplicações também, como a possibilidade de experimentar alimentos, bebidas e guloseimas sem que seja necessário comê-las. Essa aplicação também englobaria a possibilidade de que diabéticos possam sentir o gosto de doces realmente deliciosos, feitos com açúcar!

Pensando nas relações pessoais, Lacy mostra outras preocupações além de crimes de pedofilia. Antes mesmo de a ferramenta ser testada, ela levanta a seguinte pergunta: será que o abraços digitais podem substituir os abraços de verdade? Precisamos de mais uma ferramenta para a virtualização do mundo real?

Por outro lado, o professor Choek lembra de um homem que soube de seu estudo e o procurou, perguntando sobre a possibilidade de utilização da tecnologia para que ele pudesse abraçar sua filha, acometida de uma doença autoimune que a impede de qualquer contato humano.

É claro que toda nova tecnologia está sujeita a bons e maus usos, vide a física nuclear, responsável por incríveis avanços médicos e científicos, mas também pela bomba atômica.

Algo semelhante já havia também sido feito por outro pesquisador japonês, que desenvolveu o iFeel_IM! para interações físicas na internet. Resta esperar pelo maior desenvolvimento e aplicações para o projeto do Professor Choek.

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