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Startup de crédito Ali recebe R$ 135 mi de hub do BTG Pactual

Especializada em "troca de dívidas", a fintech quer chegar a 1 milhão de clientes até 2024

27 set 2022 - 13h19
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A fintech Ali, de crédito consignado, anunciou um aporte no valor de R$ 135 milhões, liderado pelo banco BTG Pactual, nesta terça-feira, 27. O investimento, que marca o Série A da empresa, fez parte do BoostLab, hub de negócios do banco.

Para a Ali, o valor será utilizado na contratação de novas pessoas para as equipes de análise de risco e tecnologia, além de acelerar campanhas de marketing e vendas.

"É basicamente um investimento em pessoas. O nosso foco é priorizar as áreas de marketing e vendas para adquirir novas empresas clientes e novos funcionários e atingir 1 milhão de clientes em 2024?, afirma Bruno Reis, presidente e cofundador da Ali, em entrevista ao Estadão.

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Com quase quatro anos de mercado, a Ali mira em linhas de crédito próprio para funcionários de empresas parceiras. A proposta, porém, é mais uma negociação do que uma oferta: por meio de um aplicativo, a empresa calcula os débitos que o funcionário possui e propõe uma troca de dívidas: assim, a Ali quita os atrasos e repassa a cobrança para o usuário com uma taxa de juros mais baixa — os juros de rotativos de cartão de crédito, por exemplo, costumam ficar entre 10% e 15%. Na Ali, Reis afirma que as parcelas tem cerca de 2% de juros.

De acordo com o fundador, essa é uma proposta que atrai mais usuários do que apenas a linha de crédito, que é vista como algo supérfluo, muitas vezes. Na contratação do serviço, a parcela renegociada é descontada diretamente da folha de pagamento.

"A maior parte das pessoas já está endividada. Se a gente oferecesse apenas crédito para funcionários, algumas pessoas teriam interesse, outras não. O consignado é uma linha de crédito que os bancos grandes têm, mas o normal é que seja uma dívida. Esse método atende quem não precisa de crédito no momento, mas tem uma dívida mais cara para quitar", explica Reis.

Além do produto de crédito financeiro, voltado apenas para funcionários de empresas parceiras, a empresa fornece uma linha de financiamento de geradores de energia solar — que pode ser contratada por qualquer pessoa diretamente com a startup.

Segundo Bruno, o produto foi criado depois que uma empresa de Santa Catarina pediu ajuda para levar os equipamentos para os seus funcionários. Depois disso, a empresa investiu na ideia para levar o projeto adiante também para outros clientes.

Futuro

Com cerca de 260 mil clientes, o plano da empresa é chegar ao final do ano que vem na marca de 800 mil usuários — a fintech atende empresas como Deloitte, Ernst & Young e Três Corações. Além disso, a Ali quer entender como chegar nos clientes de forma mais eficiente e aposta na contratação de pessoas para turbinar a operação.

"O negócio é baseado em construir aplicações e vender isso para empresas como recurso para ajudar a reduzir o endividamento dos colaboradores", diz o presidente da fintech. "São 130 funcionários atualmente. A previsão é que a empresa possa contratar cerca de 40 pessoas até janeiro do ano que vem".

Para isso, vai ser preciso investir em marketing para que a divulgação saia do "boca a boca". É o que diz Bruno, apontando as campanhas para prospectar novos clientes como uma das partes mais difíceis do trabalho.

"A gente precisa continuar investindo em aplicativo, tecnologia e produtos. Muito do nosso crescimento é baseado em recomendações. Esse é o primeiro uso do recurso: comunicar melhor", aponta Reis.

Estadão
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