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Startup Credix, que leva crédito para fintechs, recebe aporte de R$ 60 milhões

Empresa que levantou recursos mesmo em ano marcado pela fuga do capital de risco; Brasil é a principal aposta da empresa

6 set 2022 - 08h40
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A Credix, startup do setor de crédito para empresas, anuncia nesta terça-feira, 6, a captação de uma rodada série A de R$ 60 milhões. O aporte é liderado pelos fundos americanos Motive Partners e ParaFi, seguido pelo Valor Capital, Victory Park Capital, MGG Investment Group, Circle Ventures, Abra, Fuse Capital. Também participam do aporte os investidores Marcelo Claure (ex-chefe de operações do SoftBank) e Ricardo Villela Marino (presidente Itaú América Latina).

Thomas Bohner, cofundador e CEO da startup Credix
Thomas Bohner, cofundador e CEO da startup Credix
Foto: Divulgação/Credix / Estadão

O produto da Credix é baseado em blockchain e funciona como uma plataforma digital para conectar oferta de crédito a fintechs que precisam de capital para se desenvolver.

Hoje, a Credix conta com 25 fundos utilizando o seu serviço. Entre os negócios que utilizam a sua plataforma de crédito estão as brasileiras A55, Provi, Tecredi, Descontanet e Adiante.

Esse não é o primeiro investimento captado pela Credix. No fim do ano passado, a startup levantou R$ 14,2 milhões em uma rodada de investimento semente, que levou ao início da operação no País.

Foco no Brasil

Fundada ao fim de 2021, a Credix aposta em um modelo de concessão de crédito com registros em blockchain, tal qual acontece em criptomoedas como o bitcoin. O foco da startup é a América Latina, especialmente o Brasil, onde vê o maior potencial da região.

A plataforma visa dar acesso tanto a investidores institucionais quanto a investidores pessoa física de alto patrimônio de todo o mundo que querem participar do desenvolvimento de fintechs brasileiras.

Para Thomas Bohner, CEO da startup, a Credix vê o Brasil com grande potencial devido ao número de fintechs e ao estímulo à inovação trazido pelo Banco Central. Mesmo em um ano marcado pela fuga de investidores do risco, a captação de recursos para a expansão dos negócios foi possível porque a visão é de obter retornos em um horizonte mais distante - ainda que a empresa já seja geradora de caixa atualmente.

"Com o mercado de criptomoedas em baixa e um cenário macroeconômico com menor clareza sobre o futuro, nosso foco é no longo prazo. Buscamos criar o melhor produto possível para todo o ecossistema financeiro. Ao levar aplicações do mundo real ao blockchain, podemos dar suporte para um ecossistema de finanças descentralizada, trazendo mais confiança e transparência ao setor", afirma Bohner.

A competição com as empresas de crédito tradicionais não é o foco da Credix. Na verdade, o intuito da plataforma é ser um canal de digitalização de processos que aumenta a transparência das transações.

Sendo assim, seria como uma camada digital entre fundos e investidores e as empresas que desejam captar crédito, mas com a confiança associada à reputação de imutabilidade do blockchain. Pode parecer mais um intermediário entrando em campo, mas o foco é justamente reduzir o número de empresas e processos burocráticos entre a oferta e a captação de crédito.

"No mercado tradicional, as empresas muito rapidamente percebem que o futuro do setor financeiro está nas finanças descentralizadas. Os mais espertos vêm até nós para entender como trabalhar em colaboração. Não queremos ser competidores, queremos conectar todos da forma mais eficiente possível. Quem entendeu isso já está se ligando à nossa plataforma para facilitar o acesso ao crédito, ser mais eficientes e ter mais escalabilidade. Em geral, tentamos ser amigos de todos para oferecer nossos serviços. Mas queremos eliminar os terceiros que geram burocracia não digitalizada que estamos automatizando em blockchain", diz Bohner.

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Estadão
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