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Governo americano confirma acordo por 10% da Intel; participação vai custar US$ 8,9 bilhões

Anteriormente, o presidente havia pedido que o CEO da empresa renunciasse

22 ago 2025 - 15h53
(atualizado às 19h05)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 22, que o governo americano vai assumir uma participação de 10% na gigante de chips Intel. A informação foi confirmada pelo secretário de Comércio americano, Howard Lutnick e pela Intel. Em publicação no X, o integrante do governo Trump reforçou que o acordo fortalece a liderança americana em semicondutores e ajudará a impulsionar a economia e garantir vantagem tecnológica do país.

Lutnick agradeceu ao CEO da companhia de tecnologia, Lip-Bu Tan, por fechar um acordo "justo para a Intel e justo para o povo americano".

Pelo acordo, o governo americano fará um investimento de US$ 8,9 bilhões em ações ordinárias da companhia, demonstrando "a confiança do governo na Intel para avançar prioridades nacionais chave" e no "papel criticamente importante" da empresa no fortalecimento da indústria de semicondutores doméstica.

O investimento de quase US$ 9 bilhões do governo não envolve desembolso adicional de caixa. Segundo o comunicado da Intel, o investimento do governo será financiado com os US$ 5,7 bilhões restantes em subsídios já concedidos, mas ainda não pagos, sob o 'CHIPS and Science Act', além de US$ 3,2 bilhões do programa Secure Enclave. Somados aos US$ 2,2 bilhões de subsídios CHIPS já recebidos até o momento, o total de investimentos federais chega a US$ 11,1 bilhões, pontua o texto.

O governo americano comprará 433,3 milhões de ações ordinárias da Intel a US$ 20,47 cada, equivalendo a 9,9% da companhia, "proporcionando aos contribuintes americanos um desconto em relação ao preço de mercado atual". A ação da Intel fechou a US$ 24,80 nesta sexta-feira. A participação será passiva, sem direito a assentos no conselho ou outras prerrogativas de governança, e o governo concordou em votar alinhado ao conselho em matérias que exijam aprovação de acionistas, com exceções limitadas.

O comunicado ainda detalha que o governo receberá uma opção de cinco anos para adquirir mais 5% das ações, que será exercida apenas se a Intel deixar de controlar pelo menos 51% de sua operação da Foundry. Além disso, as disposições de 'clawback' e de compartilhamento de lucros associadas aos US$ 2,2 bilhões anteriores serão eliminadas, criando permanência de capital para avançar os planos de investimento nos EUA.

O presidente dos EUA, Donald Trump, endossou o pacto e disse que negociou os termos diretamente com o CEO da Intel, Lip-Bu Tan. "Os EUA não pagaram nada por essas ações, que agora estão avaliadas em aproximadamente US$ 11 bilhões. Produzir semicondutores e chips de ponta, que é o que a Intel faz, é fundamental para o futuro de nossa nação", escreveu na Truth Social.

Após o anúncio, as ações da Intel subiram mais de 6%, durante o momento mais crítico da história da empresa. Em 2024, o prejuízo da fabricante de chips foi de US$ 18,8 bilhões. No entanto, recentemente, o SoftBank investiu US$ 2 bilhões na Intel, na tentativa de reanimar os números da empresa.

Fontes do Wall Street Journal afirmaram que, como parte do investimento, o governo não fará parte do conselho nem desempenhará papel importante na governança da empresa.

Por volta das 17h28 (de Brasília), a ação da Intel subia 1,41% no after hours da Nasdaq, após ter saltado 5,53% na sessão regular.

O presidente pediu no início deste mês que o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, renunciasse, mas esclareceu que depois de se encontrar com o executivo, gostou dele e sentiu que ele era "uma espécie de vítima".

Ele recuou em seus pedidos de renúncia depois que Tan declarou sua lealdade aos EUA em uma carta pública e se encontrou com Trump.

A crescente rivalidade econômica e política entre EUA e China tem se concentrado cada vez mais em chips, inteligência artificial (IA) e outras tecnologias digitais consideradas estratégicas para o futuro econômico e militar. Em comunicado no início do mês, a Intel disse estar "profundamente comprometida com o avanço dos interesses nacionais e econômicos dos EUA, e realizando investimentos significativos alinhados à agenda 'América Primeiro' do presidente"./COM AP

Estadão
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