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Gases emitidos por brócolis podem indicar vida em outro planeta

Pesquisa da Universidade da Califórnia diz que somente seres vivos (como plantas) seriam capazes de produzir gases do processo de metilação

9 nov 2022 - 14h35
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brócolis
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Foto: Thomas Griggs / Unsplash

Uma nova maneira de procurar pela existência de vida em outros planetas se baseia em gases que são emitidos por brócolis.

É o que afirma um recente estudo realizado pela cientista planetária Michaela Leung, da Universidade da Califórnia em Riverside, cuja pesquisa investigou como o processo de metilação usado pelo legume produz gases que, se rastreados, podem indicar a existência de vida.

A metilação não é uma exclusividade do brócolis: ela acontece também em outras plantas, algas e alguns micróbios terrestres. O processo consiste na transformação de toxinas em gases que, no caso, poderiam ser detectados por instrumentos como os do Telescópio Espacial James Webb.

A pesquisa se baseia na hipótese de que, de modo geral, somente seres vivos seriam capazes de produzir os gases produtos da metilação. Assim, caso algum desses gases seja localizado em outro planeta, é sinal de que poderia haver vida por aí.

“A metilação é tão difundida na Terra que esperamos que a vida em qualquer outro lugar a realize”, disse Leung em um comunicado.

Segundo ela, a maioria das células tem mecanismos para expelir substâncias nocivas. "Existem maneiras limitadas de criar esse gás por meios não biológicos, então é mais indicativo de vida se você encontrá-lo."

Há uma pequena chance de gases metilados surgirem de erupções vulcânicas, mas os organismos vivos são produtores muito mais abundantes.

Representação do lado diurno de WASP-76 b, exoplaneta cujas temperaturas chegam a 2.400 ºC (Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser)
Representação do lado diurno de WASP-76 b, exoplaneta cujas temperaturas chegam a 2.400 ºC (Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser)
Foto: Canaltech

Identificando gases metilados em outros planetas

Gases metilados aparecem no infravermelho médio, então o James Webb e outros telescópios espaciais poderiam detectar partículas de gás atmosférico flutuando em torno de um planeta.

Alguns deles têm mais chances se atrelarem a organismos vivos do que outros. O metano (CH4), por exemplo, vem principalmente de fontes biológicas. Dessa forma, mesmo que em decomposição, ele também pode ser liberado de reações que não envolvem seres vivos. 

Outro gás, o brometo de metila (CH3Br) será um dos gases mais procurados, pois não fica na atmosfera por muito tempo, ou seja, se aparecer, deve ter sido liberado recentemente — ou seja, de algo que ainda pode estar vivo. 

Outro gás metilado que os astrônomos estarão procurando é o cloreto de metila (CH3Cl). No entanto, o brometo de metila é mais facilmente detectável do que o cloreto, e sua presença seria mais evidente em atmosferas de planetas que orbitam uma estrela anã vermelha

Isso porque os raios ultravioleta (UV), que são emitidos em menor quantidade por estrelas anãs vermelhas do que pelo Sol, desintegram as moléculas de água e fazem com que os gases sejam quebrados mais rapidamente.

Fonte: Redação Byte
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