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Estudo revela anormalidades cerebrais significativas após a covid-19

Pesquisadores perceberam uma série de mudanças cerebrais em pacientes infectados com a covid-19, mesmo seis meses após o caso. A ideia agora é ver quanto dura

21 nov 2022 - 21h40
(atualizado em 22/11/2022 às 11h31)
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Em um novo estudo a ser apresentado no congresso científico da Radiological Society of North America, pesquisadores descobriram anormalidades cerebrais significativas até seis meses após a infecção por covid-19.

A comunidade científica tem buscado entender os efeitos de longo prazo da covid-19, principalmente no que diz respeito à saúde neurológica. Os sintomas incluem dificuldade de pensar ou se concentrar, dor de cabeça, problemas de sono, tontura, sensação de formigamento, alteração no olfato ou paladar e depressão ou ansiedade.

Para o estudo, os pesquisadores usaram um método chamado imagem ponderada em suscetibilidade magnética. Normalmente, essa técnica ajuda a entender o quanto certos materiais (como sangue, ferro e cálcio) ficarão magnetizados em um campo magnético aplicado, e costuma ser utilizada para monitorar uma série de condições neurológicas, incluindo tumores cerebrais, por exemplo.

Através dessa técnica, os pesquisadores analisaram os dados de 46 pacientes recuperados da covid-19 e 30 que não foram infectados anteriormente.

Foto: alexstand/envato / Canaltech

Os resultados mostraram que os pacientes que se recuperaram da covid-19 apresentaram valores de suscetibilidade significativamente mais altos no lobo frontal e no tronco cerebral em comparação com controles saudáveis. Os aglomerados obtidos no lobo frontal mostram principalmente diferenças na substância branca.

Conforme sugerem os especialistas, essas regiões do cérebro estão ligadas à fadiga, insônia, ansiedade, depressão, dores de cabeça e problemas cognitivos.

Os pesquisadores também encontraram uma diferença significativa na região do diencéfalo ventral direito do tronco cerebral, região a ssociada a muitas funções corporais cruciais, incluindo a coordenação com o sistema endócrino para liberar hormônios, retransmitir sinais sensoriais e motores ao córtex cerebral.

Agora, a ideia é entender se essas anormalidades cerebrais após a covid-19 persistem a longo prazo, e por quanto tempo devem durar nesses pacientes.

Fonte: Science Blog

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