Este vídeo testa se você sofre de algum tipo de desatenção seletiva
Estudo diz que somos melhores em detectar objetos inesperados enquanto estamos focados em outra atividade se movimento for rápido
Um estudo de pesquisadores da Universidade de Nova York (NYU) recriou o clássico 'teste do gorila invisível' de mais de 20 anos em um esforço para entender nossas capacidades de percepção. Os resultados foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
A pesquisa revelou que somos muito bons em detectar objetos inesperados enquanto estamos focados em outra atividade - mas só se eles estiverem se movendo rapidamente.
O foco do estudo foi a “cegueira por desatenção” – a incapacidade de perceber objetos inesperados se a atenção estiver focada em uma tarefa. Esse fenômeno ficou evidente no amplamente citado “experimento do gorila invisível” da década de 1990.
Estudo
No novo estudo, os participantes, assistindo a um vídeo de alunos jogando bolas de basquete foram instruídos a contar a quantidade de passes, mas esse não era o teste real.
Eles não perceberam que uma pessoa inesperadamente apareceu em uma fantasia de gorila na cena, principalmente se ela aparecia vagarosamente.
Resultados
Segundo os autores, o feito mostra que as pessoas, enquanto se concentram em uma tarefa, são capazes de perceber objetos inesperados que se movem rapidamente.
"No entanto, nossa pesquisa confirma que, de fato, somos menos hábeis em perceber esses mesmos objetos quando eles se movem lentamente", escreveram.
Para garantir que as descobertas vão além da detecção de gorilas, os pesquisadores conduziram uma série de experimentos, usando aproximadamente 3.000 outros participantes, que replicaram os princípios do estudo do gorila invisível.
Neles, os voluntários foram solicitados a contar quantos pontos em movimento aleatório de uma determinada cor cruzavam uma linha central enquanto um objeto em movimento inesperado (UMO) — um triângulo — atravessava a tela em várias velocidades.
Assim como no estudo do gorila, os voluntários eram mais propensos a localizar o triângulo quanto mais rápido ele se movia.
“As nossas descobertas contribuem para o debate em andamento sobre o impacto da saliência física na cegueira desatencional, sugerindo que são as velocidades rápidas especificamente, e não a saliência física de um objeto em geral, que chama a atenção", disseram em um comunicado à imprensa.