PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Entenda a polêmica troca de e-mail na conta do SUS de Jair Bolsonaro

PF investiga mudança de acesso de Bolsonaro em aplicativo do SUS como evidência de participação em fraude em cartão de vacina

15 mai 2023 - 13h35
(atualizado às 13h37)
Compartilhar
Exibir comentários
Troca de e-mail cadastral pode indicar que Bolsonaro sabia de fraude
Troca de e-mail cadastral pode indicar que Bolsonaro sabia de fraude
Foto: Agência Brasil

A troca do e-mail cadastrado no aplicativo ConecteSUS usado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro pode enfraquecer a defesa do político na investigação do suposto esquema de fraude em seus cartões de vacina.

A gestão do app do SUS foi transferida do tenente-coronel Mauro Cid, que está preso, para Marcelo Costa Câmara, um assessor que permaneceu ao lado do ex-presidente após o término de seu mandato.

Com isso, a Polícia Federal acredita que Cid não agiu sozinho na adulteração dos dados de Bolsonaro, como afirma a defesa.

O que aconteceu no app do SUS

O ConecteSUS faz parte da rede de aplicativos disponibilizados pelo governo e interligados pela conta Gov.br. Um dos caminhos possíveis para realizar a troca do e-mail associado é pelo próprio site do Gov.br, clicando no ícone da conta no canto superior direito da tela. 

Um menu com a opção "Dados pessoais" deve aparecer. Selecionando a alternativa, é possível alterar nome, endereço, telefone e e-mail associado.

A investigação revelou que a modificação cadastral foi realizada por meio de uma conexão de rede proveniente do Palácio do Planalto.

Alteração de dados cadastrais no Gov.br
Alteração de dados cadastrais no Gov.br
Foto: Gov.br

Para que serve o app ConecteSUS?

O aplicativo foi lançado em 2020, durante a pandemia de covid-19. Seu uso mais conhecido é a emissão da versão digital da carteira de vacinação da pessoa, o que inclui as vacinas tomadas contra a covid. 

É possível consultar uma versão digital do Cartão Nacional de Saúde (CNS) — ou Cartão do SUS — por meio do aplicativo Conecte SUS. O documento, que apresenta uma sequência de 15 números, permite a identificação de cidadãos brasileiros ao usar os serviços públicos de saúde do país. O registro reúne dados pessoais e de outros documentos (CPF e RG) e formas de contato, como endereço, e-mail e telefone.

Para emitir o certificado de cacinas, antes de mais nada a pessoa precisa ter um cadastro no site do Governo Federal. Depois, deve seguir os passos abaixo.

  • Entre no site oficial do ConecteSUS;
  • Clique no botão "Acessar" da aba "Cidadão";
  • Faça o login com a sua conta de acesso do Governo Federal;
  • Clique em "Vacinas";
  • Verifique se os registros de doses recebidas da covid-19 já estão atualizados;
  • Clique nas doses recebidas para maior detalhamento;
  • Clique no botão "Certificado de Vacinação" para emitir o certificado;
  • Você poderá salvar como PDF ou adquirir seu QR Code.

Entenda a investigação contra Bolsonaro no caso das vacinas

  • Foi descoberto que o login de Jair Bolsonaro no aplicativo ConecteSUS estava vinculado ao e-mail de Cid até o dia 22 de dezembro do ano passado;
  • Um certificado de vacinação falso foi gerado nessa data, registrando duas doses da Pfizer para o ex-presidente;
  • Poucos minutos após o registro, ocorreu uma alteração no e-mail de login, substituindo-o pelo e-mail do coronel Câmara, que era assessor especial da Presidência na época;
  • Segundo a PF, a mudança foi feita devido à iminente saída de Cid de seu cargo como ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • O coronel Câmara foi nomeado para auxiliar Bolsonaro após o término de seu mandato e seria um dos oito assessores responsáveis por acompanhá-lo em suas viagens para a Flórida;
  • Além disso, a modificação cadastral foi realizada por meio da conexão de rede proveniente do Palácio do Planalto;
  • Essas evidências sugerem que Bolsonaro tinha conhecimento da fraude e estava envolvido no caso.
  • Há duas vertentes de investigação. A primeira sugere crime de inserção de informações falsas no sistema eletrônico do Ministério da Saúde. A comprovação disso pode resultar em uma pena de até 12 anos de prisão;
  • A segunda linha de investigação se refere à formação de uma associação criminosa com o objetivo de cometer o crime. A punição para essa conduta pode alcançar até três anos de reclusão.
Fonte: Redação Byte
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade