Coreia do Norte revelou pequena Manhattan de 10 mil apartamentos; o problema é o que está por trás da fachada
Hwasong não é apenas um distrito residencial, mas um emblema de como a Coreia do Norte tenta projetar a modernidade
Poderíamos dizer sem medo de errar que a Coreia do Norte tem um plano econômico muito claro para 2025: abrir-se (um pouco) para o exterior. Quanto? Dependerá, não só da nação em si, mas do resto dos países e da capacidade de seduzir turistas do exterior. Wonsan será a pedra fundamental que definirá o restante dessa expansão. E como ficam os moradores locais? Para eles, também há uma ótima notícia: um novo megadistrito na capital, embora não para todos.
Hwasong e o que não sabemos
A Coreia do Norte revelou com orgulho seu novo distrito residencial de nada menos que 10 mil casas em Pyongyang, uma obra que lembra o famoso bairro de Manhattan em Nova York e simboliza tanto o zelo propagandístico do regime quanto algumas de suas contradições internas. Localizado em Hwasong, o novo bairro de imponentes arranha-céus e largas avenidas foi apresentado pela agência estatal KCNA como um sinal do comprometimento do líder Kim Jong Un em melhorar o padrão de vida urbano.
A inauguração oficial está marcada para 15 de abril, um dia que, claro, não foi escolhido ao acaso, pois celebra o nascimento de Kim Il Sung, fundador do país e avô do atual líder. O novo empreendimento representa a terceira etapa de um ambicioso plano de cinco anos anunciado em 2021 para construir 50 mil apartamentos na capital, uma meta que faz parte de um esforço maior para renovar a infraestrutura de um país atormentado pela pobreza, isolamento internacional e economia vacilante.
Luxo por fora, dúvidas por dentro
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