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Cientistas descobrem nozes fossilizadas de 45 milhões de anos

Nozes foram encontradas na ilha de Axel Heiberg, no Canadá

10 set 2024 - 15h57
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Três novas espécies de nozes foram encontradas acima do Círculo Polar Ártico
Três novas espécies de nozes foram encontradas acima do Círculo Polar Ártico
Foto: Museu da Flórida por Jeff Gage

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu, no Ártico, nozes fossilizadas com 45 milhões de anos. A descoberta, em uma ilha remota no Canadá, revela o passado exuberante e quente da região, diferente completamente do deserto congelado que conhecemos hoje.

A ilha de Axel Heiberg, localizada acima do Círculo Polar Ártico, abriga uma floresta fossilizada bem preservada. As descobertas foram publicadas na revista cientifica International Journal of Plant Sciences.

De acordo com a pesquisa, as árvores, folhas, cones e, claro, as nozes estão praticamente inalteradas, como se o tempo tivesse parado há milhões de anos. Essa preservação, chamada de mumificação, ocorreu graças ao rápido soterramento da floresta por sedimentos e gelo.

Jardim perdido

As nozes fossilizadas pertencem a três novas espécies extintas e representam alguns dos registros mais antigos conhecidos desse grupo.

Elas coexistiam com sequóias, ciprestes, nogueiras, pinheiros, abetos, tsugas, larícios, bétulas, ginkgo bilobas e outras árvores em uma floresta tropical que cobria a região no Eoceno (entre 56 e 34 milhões de anos atrás), um período caracterizado por temperaturas globais muito mais altas.

Essa descoberta tem implicações importantes para a compreensão do clima da Terra e da evolução das plantas. A presença de florestas tropicais no Ártico indica que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera eram muito mais altos naquela época, causando um efeito intenso que aqueceu o planeta.

Além disso, os fósseis de nozes fornecem novas informações sobre a origem e a diversificação desses alimentos.

Ao comparar as nozes fossilizadas com as espécies modernas, os pesquisadores conseguiram traçar a história evolutiva do grupo e entender como elas se adaptaram às mudanças climáticas ao longo de milhões de anos.

Fonte: Redação Byte
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