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Cientistas brasileiros criam pele 3D para testar cosméticos

Laboratório conseguiu desenvolver pele bioimpressa de qualidade comparada à pele manualmente fabricada

16 ago 2023 - 17h29
(atualizado às 18h03)
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Peles impressas podem substituir animais em testes de produtos de cosméticos
Peles impressas podem substituir animais em testes de produtos de cosméticos
Foto: Reprodução

Em uma colaboração com a Universidade de São Paulo (USP), a empresa de cosméticos Natura realiza desde 2019 experimentos para explorar o potencial da bioimpressão 3D. Uma das conquistas foi uma técnica capaz de fabricar pele artificial

Tudo isso para que a empresa abandone o uso de animais em seus ensaios, optando por métodos alternativos.

Com mais de 60 métodos em vigor, a companhia não apenas eliminou o uso de coelhos, camundongos, porcos e cachorros, mas também adotou técnicas avançadas que demandam pele de laboratório. 

Bioprinting 

O laboratório iNOVAPele, liderado pela bioquímica Silvya Stuchi Maria-Engler, conseguiu produzir pele bioimpressa de qualidade comparável à pele manualmente fabricada.

Em colaboração com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Brasil ganhou reconhecimento global ao publicar um artigo na revista científica Bioprinting em 2023.

A pele bioimpressa reproduziu com precisão a estrutura da epiderme natural e passou por testes de validação, demonstrando eficácia na retenção de hidratação e proteção contra estressores químicos e físicos.

A abordagem automatizada também resultou em maior robustez, minimizando variações em relação aos modelos manuais, de acordo com Juliana Lago, gerente científica da Natura.

A pele

O processo de impressão 3D da pele envolve a utilização de uma "biotinta", composta por colágeno e células cutâneas saudáveis, obtidas de doadores.

Os resultados da bioimpressão levaram os pesquisadores do iNOVAPele a planejar estudos mais profundos, incluindo as camadas mais complexas da pele, como a derme e a hipoderme.

“Antes desse modelo nacional, só existiam os modelos internacionais, adquiridos por importação”, conta Maria-Engler ao NeoFeed.

Após validados, os modelos de pele impressas podem ser utilizados para observar a segurança e a eficácia de produtos de cosméticos.

Fonte: Redação Byte
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