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Atividade cerebral em salmão morto ganha destaque no IgNobel

21 set 2012 - 10h23
(atualizado em 25/9/2012 às 14h34)
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O prêmio IgNobel anunciou os vencedores de 2012 nesta quinta-feira, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A premiação trata-se de uma sátira do prêmio Nobel que é dada para a descoberta científica mais estranha do ano, oferecido pela revista Anais das Pesquisas Improváveis (Annals of Improbable Research, em inglês). O objetivo do evento é destacar pesquisas que primeiramente fazem as pessoas rirem, para depois, fazê-las pensar. O destaque deste ano, que aborda o assunto proposto pelo prêmio, foi o estudo de Craig Bennet, que indica que exames que usam técnicas de neuroimagem podem indicar atividades relevantes em qualquer lugar, até mesmo no cérebro de um salmão morto.

Durante cerimônia de premiação, um dos participantes vira alvo de aviões de papel lançados pela plateia
Durante cerimônia de premiação, um dos participantes vira alvo de aviões de papel lançados pela plateia
Foto: Reuters

Escolha a pesquisa mais bizarra do ano

Vinte cientistas, uma empresa russa e uma agência governamental americana foram agraciados com o IgNobel, o prêmio Nobel alternativo que distingue os trabalhos mais inusitados do mundo científico. A cerimônia, na presença de vários cientistas vencedores da honraria, se trata apenas de uma menção e não de um prêmio em dinheiro. O IgNobel não apenas premiam as pessoas, mas também as empresas e governos. Uma das curiosidades da cerimônia é que os prêmios são entregues pelos laureados com o verdadeiro Nobel. Este ano estiveram presentes o químico Dudley Herschbach (Prêmio Nobel em 1986), o economista Eric Maskin (2007) e o físico Roy Glauber (2005).

Veja abaixo os vencedores do IgNobel 2012 com estudos que, por vezes são considerados estúpidos, outras vezes apenas estranhos:

Psicologia

Os pesquisadores Anita Eerland, Rolf Zwaan e Tulio Guadalupe, da Holanda, levaram o prêmio pelo estudo "Inclinar-se para a esquerda faz a Torre Eiffel parecer menor".

Paz

A companhia russa SKN foi premiada por converter munição antiga em diamantes novos.

Acústica

Os japoneses Kazutaka Kurihara e Koji Tsukada criaram o SpeechJammer, uma máquina que faz as pessoas se atrapalharem na hora de falar fazendo com que elas escutem as próprias palavras enquanto falam, mas com um pequeno atraso.

Neurociência

Craig Bennet e sua equipe provaram que pesquisadores do cérebro, usando instrumentos e estatísticas, podem encontrar atividades relevantes em qualquer lugar, até mesmo no cérebro de um salmão morto.

Química

A sueca Johan Pettersson levou o prêmio por descobrir o mistério que fazia com que moradores de certas casas na cidade de Anderslov, na Suécia, ficavam com o cabelo verde.

Literatura

A Controladoria Geral do Governo dos Estados Unidos foi premiada nesta categoria por publicar um relatório sobre relatórios que falam de relatórios que recomendam a preparação de um relatório sobre relatórios que falam de relatórios.

Física

A equipe do americano Joseph Keller calculou o equilíbrio de forças que movem os cabelos e lhe dão forma em um penteado com rabo-de-cavalo.

Dinâmica de fluidos

Rouslan Krechetnikov e Hans Mayer, dos Estados Unidos, estudaram os padrões do movimento de líquidos dentro de uma xícara de café carregada por uma pessoa em movimento.

Anatomia

Frans de Wall e Jennifer Pokorny, dos Estados Unidos, descobriram que chimpanzés podem identificar uns aos outros através de fotografias de seus traseiros.

Medicina

Emmanuel Bem-Soussan e Michel Antonietti, ambos da França, aconselharam médicos que realizam colonoscopias sobre como minimizar o risco dos pacientes explodirem e levaram o prêmio.

Fonte: Terra
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