O crânio que muda tudo: um fóssil de um milhão de anos sugere que o Homo sapiens não se originou na África
O crânio Yunxian 2 tem sido a chave para questionar a origem da nossa espécie
A história da evolução humana é um quebra-cabeça fascinante com muitas peças faltando. Cada novo fóssil acrescenta detalhes, mas, de vez em quando, um deles não se encaixa na imagem que tínhamos. Ou melhor, nos obriga a redesenhar o quebra-cabeça completamente. Foi o que aconteceu com a análise de um crânio de um milhão de anos encontrado na China, uma pesquisa que, segundo seus autores, "muda completamente" nossa compreensão de quando e como surgimos, pois lança dúvidas sobre nossa origem estabelecida na África.
O estudo
Publicado na prestigiosa revista Science, uma equipe de cientistas da China e do Museu de História Natural do Reino Unido propõe' que a linhagem do Homo sapiens começou a divergir de seus parentes, como os neandertais, pelo menos meio milhão de anos antes do que se pensava. E isso não é pouco tempo.
O crânio
O protagonista desta história é o crânio Yunxian 2, com aproximadamente um milhão de anos, que foi danificado. Isso, inicialmente, levou à sua classificação como o crânio do Homo erectus, um dos nossos ancestrais mais primitivos. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.
Graças à tecnologia de reconstrução digital, que incluiu tomografias computadorizadas e modelagem 3D, os pesquisadores conseguiram restaurar sua forma original.
A análise
Assim que os resultados foram divulgados, as surpresas vieram. O crânio não pertencia ao Homo erectus, mas sim exibia uma mistura de características primitivas e modernas. De acordo com o estudo, o Yunxian 2 é, na ...
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