Islândia: mergulhador fotografa divisão entre placas tectônicas
12 mai2011 - 12h49
(atualizado às 14h41)
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O fotógrafo britânico Alexander Mustard registrou o mergulho que ele e outros colegas fizeram na fenda entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia. A aventura para conhecer a "fronteira" entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia. A paisagem submersa do parque é cheia de vales, falhas e fontes de lava, formados pelo afastamento gradual entre as duas placas, que se distanciam cerca de 2,5 cm uma da outra a cada ano.
Os mergulhadores que participaram da expedição desceram cerca de 24 m na fenda entre as placas, mas chegaram a até 60 m de profundidade em cânions como o Silfra e o Nikulasargia. Mustard, 36 anos, diz que as imagens mostram "o mundo submarino único da Islândia, que, assim como a ilha, é formado por paisagens vulcânicas".
A lava e o vapor quente na interseção entre as placas criou também a chaminé hidrotermal Arnarnes Strytur, visitada pelos mergulhadores. A água é expulsa da chaminé 80°C e forma uma coluna turva ao entrar em contato com a água do mar, que está a 4°C. Alexander Mustard é especializado em imagens submarinas. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o registro fotográfico de destroços de navio no fundo do mar ao redor do mundo.
Placas tectônicas
A noção de placas tectônicas foi desenvolvida nos anos 1960 para explicar as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala. De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do manto, uma região com magma nas profundezas da terra.
As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano - velocidade equivalente ao crescimento das unhas humanas. O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com a criação de novas crostas feitas da lava expelida das profundezas da Terra e que se solidifica no contato com a água fria. Assim, as placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades.
As atividades nestas zonas de divisa entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.
Conhecido como Portão do Inferno, este local está queimando há 39 anos no Turcomenistão. A cratera, que tem cerca de 60 m de diâmetro e 20 m de profundidade, surgiu em 1971. Uma escavação expôs uma caverna rica em gás metano. Geólogos soviéticos decidiram queimar o gás para liberar a caverna. Após o desabamento da caverna, o gás não parou mais de queimar
Foto: Divulgação
Segundo a agência Reuters, como o local é rico em gás natural, o presidente do país, Kurbanguly Berdymukhamedov, ordenou que se descubra uma maneira de apagar o fogo para extrair gás
Foto: Divulgação
O cânion Antílope fica no Estado americano do Arizona e é formado de arenito
Foto: AFP
Na maior parte do ano, o local é totalmente seco, mas chuvas fortes fazem a águam passar por dentro do cânion. É esta água que esculpe as pequenas passagens que permitem a passagem apenas de pequenos grupos de turistas
Foto: AFP
As colinas de chocolate ficam em Bohol, nas Filipinas e, apesar da aparência, não foram feitos pela mão do homem
Foto: Getty Images
Segundo a Unesco, são 1.776 montes com o mesmo formato, cobertas de grama que, na época de seca, fica com cor de chocolate. São consideradas patrimônio natural da humanidade e acredita-se que são formadas por depósitos de corais que, com a ação da chuva e erosão, resultaram no curioso formato
Foto: Getty Images
A Caverna de Cristal fica no México
Foto: Divulgação
Segundo o site da National Geographic, os cristais podem passar dos 10 m de comprimento e de 55 toneladas
Foto: Divulgação
Djavolja Varos (Cidade do Demônio) fica em Montenegro e é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco
Foto: Getty Images
Segundo a Unesco, a erosão criada pela água criou 200 pirâmides naturais com entre 2 e 15 m de altura e bases entre 4 3 6 m. O nome vem uma lenda que afirma que o local foi formado por causa de lutas entre demônios
Foto: Getty Images
Segundo a Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, o que chama a atenção no vulcão Erta Ale é que ele é um dos poucos com piscina de lava ativa
Foto: Getty Images
Um estudo indica que a piscina de lava está ativa há 90 anos. A mesma pesquisa especula que uma camada magma que tem maior densidade (causando pelo resfriamento do material) impede que vulcão entre em erupção
Foto: Getty Images
As florestas de pedra Shilin, no sul da China, são mais um patrimônio natural da humanidade e se estendem por 500 mil km², passando por três províncias
Foto: Getty Images
Segundo a Unesco, a paisagem foi criada por 270 milhões de anos de erosão
Foto: Getty Images
O pagode Kyaikhtiyo, conhecido também como Pedra Dourada, fica em Mianmar
Foto: Getty Images
Uma lenda diz que a pedra não cai devido a um fio de cabelo de Buda, que estaria na pequena construção acima da pedra
Foto: Getty Images
O monte Roraima faz parte do Parque Canaima, também considerado patrimônio da humanidade pela Unesco
Foto: Getty Images
A montanha fica na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana e a curiosidade sobre o que havia no seu cume inspirou o criador de Sherlock Homes, o escritor Conan Doyle, que escreveu O Mundo Perdido
Foto: Getty Images
A Wave Rock fica na Austrália
Foto: Getty Images
Acredita-se que é uma das rochas mais antigas do planeta, com 2,7 bilhões de anos, mas o formato peculiar teria sido causado pela erosão há 60 milhões de anos