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Grandes pedaços de lixo espacial quase se chocaram na órbita da Terra

Um antigo foguete soviético SL-8 e o satélite Cosmos 2361 se aproximaram na órbita da Terra e parecem ter escapado de uma colisão perigosa por apenas 6 metros

1 fev 2023 - 14h12
(atualizado às 16h48)
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O pedaço de um antigo foguete soviético chamado SL-8 quase se chocou com o satélite Cosmos 2361 na última semana. Segundo informações da LeoLabs, os objetos escaparam de uma perigosa colisão por pouco. Se tivesse acontecido, o impacto poderia ter formado uma grande nuvem de detritos capaz de ficar em órbita por anos e ameaçar satélites em operação, além de missões espaciais.

Foto: NASA's Goddard Space Flight Center/JSC / Canaltech

Os dois objetos ficam na órbita baixa da Terra e se aproximaram a cerca de 984 km de altitude. "Com base em nossos dados de radar de monitoramento, chegamos a uma distância de 'erro' na colisão de apenas 6 metros, com margem de erro de algumas dezenas de metros", afirmou a empresa no Twitter.

Ainda, eles observaram que o impacto quase aconteceu em uma espécie de "região ruim", que se estende a até mil quilômetros acima da superfície da Terra. Segundo a LeoLabs, o nome se deve ao grande potencial que a área tem para criar detritos significativos na

órbita baixa da Terra

, em função de rompimento de objetos e daqueles que não operam mais.

"Em particular, esta região abriga [cerca de] 160 foguetes SL-8, com suas 160 cargas úteis implantadas há mais de 20 anos", destacaram. Em outra publicação, o astrofísico Jonathan McDowell trouxe imagens que representam os objetos, junto das distâncias que o separavam. "Ainda é bastante assustador, e lembre-se, eles provavelmente estavam muito mais próximos que isso.

A maior preocupação com a colisão tem relação com a chamada

Síndrome de Kessler

. A expressão descreve a situação em que as colisões no espaço geram novos detritos que, por sua vez, causam uma espécie de "efeito dominó" de novos impactos. No fim, eles acabariam preenchendo a órbita da Terra com ainda mais fragmentos, colocando em risco as operações orbitais em andamento — o que inclui desde satélites diversos, até a Estação Espacial Internacional.

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