Estes astrônomos acompanharam o asteroide Didymos "escondendo" estrelas
Após meses de esforços, astrônomos de diferentes lugares conseguiram observar a sombra do asteroide Didymos enquanto passava em frente a estrelas distantes
Uma equipe de astrônomos conseguiu capturar uma breve ocultação causada pela passagem do asteroide Didymos em frente a milhares de estrelas, a centenas de milhões de quilômetros. O feito exigiu meses de dedicação, e foi possível graças ao conhecimento da trajetória do asteroide e da posição das estrelas.
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As ocultações estelares ajudam os astrônomos a conseguir informações sobre a forma e posição de objetos do Sistema Solar com alta precisão. Assim, pensando nas ocultações de asteroides próximos da Terra ("NEA", na sigla em inglês), a Agência Espacial Europeia (ESA) criou o projeto Asteroid Collaborative Research via Occultation Systematic Survey (CROSS).
O CROSS é focado especialmente em Didymos, asteroide orbitado por Dimorphos — este, aliás, foi atingido pela missão Double Asteroid Redirect Test (DART), da NASA, para tentar alterar sua órbita. Futuramente, a ESA vai lançar a missão Hera para investigar o sistema de pertinho, analisando os impactos no asteroide.
Contudo, nem mesmo a DART ou a Hera conseguem, sozinhas, medir a dimensão do impacto induzido pela colisão — e é aqui que entra o CROSS. O trabalho não foi fácil, mas trouxe resultados: em 15 de outubro, veio a primeira confirmação de seis telescópios em diferentes lugares. Um deles conseguiu observar a ocultação da estrela por 0,13 segundos.
Já no dia 18, foi a vez de uma equipe de astrônomos na Espanha observar a ocultação, coletando dados bastante alinhados com as previsões. Astrônomos no Japão também conseguiram observá-la, marcando o primeiro evento da campanha observado em dois lugares.
Com as observações da ocultação estelar causada por Didymos, o esperado é que eventos futuros sejam capturados com mais facilidade. Observações deles devem ajudar os astrônomos a conseguir um monitoramento muito mais preciso da órbita de Dimorphos.
Fonte: ESA
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