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Cordilheira dos Bálcãs apresenta o "viagra búlgaro"

30 abr 2013 - 10h10
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Em uma região remota da cordilheira dos Bálcãs, ao sul da Bulgária, cresce uma planta que há séculos tem fama de ser uma cura natural contra a impotência masculina, o que lhe garantiu o apelido de "viagra búlgaro".

Trata-se de uma planta com o nome científico de "Sideritis scardica", que no país balcânico é conhecida como Mursalski chai (chá de Mursalitsa).

A erva, que está em risco de extinção, contém 22 elementos químicos com efeitos favoráveis para a saúde humana, explica à Agência Efe o urologista Anatoliy Alikovski, que estudou durante anos as virtudes dessa planta.

"Estimula o sistema sexual masculino, estimula a libido e ao mesmo tempo melhora a capacidade reprodutiva e por isso é um remédio natural contra a esterilidade", assegura.

O médico tem sua consulta privada na cidade de Smolyan, cerca de 250 quilômetros a sudeste de Sófia, muito perto das últimas plantações que ficam desta erva.

O lugar onde melhor cresce essa planta se encontra no monte Rodopi, em um campo chamado "Mursalitsa", o que deu o nome popular a essa erva e ao famoso chá.

A planta silvestre cresce a uma altitude de 1.200 a 2.200 metros acima do nível do mar, entre rochas de caliça ou terrenos calcários, bem protegidos dos raios do sol.

A planta verde cresce até alcançar entre 20 e 40 centímetros de altura, em junho e julho ganha flores amarelas e exala um aroma que lembra a mistura de mel com limão.

Entre os elementos químicos da Mursalski há substâncias como cobre, ferro, zinco, cobalto, selênio, cálcio, magnésio, potássio e sódio.

"Essa combinação faz com que a erva cure não apenas problemas sexuais, mas fortaleça o organismo, aumente as defesas, proteja de secreções e gripe mas também de doenças cardíacas, do fígado e renais, além da próstata", explica o médico.

Durante o regime comunista, embora sua colheita estivesse proibida por ser uma planta protegida, todo ano, no início do verão, o comitê central do partido governante mandava colher amostras da erva para a alta elite política. Além disso, tomar o chá fazia parte dos programas de preparação para os cosmonautas soviéticos na década de 1970, afirma Alikovski.

No entanto, a proibição foi suspensa após as mudanças democráticas no início da década de 1990, e começou uma exploração que quase fez desaparecer a planta que o médico búlgaro chama de "presente de Deus".

"Gente de todas as partes do país e estrangeiros vieram para esta região buscar esta erva tão rara", lembra Alikovski.

Em 1996, as autoridades búlgaras impuseram novamente uma proibição de colheita para evitar seu desaparecimento. Para salvar a espécie, especialistas do Instituto de Botânica da Academia Búlgara de Ciências iniciaram pouco depois um projeto para criar uma variedade que possa ser cultivada em outras regiões do país e com uma composição química similar à da planta "original".

"Em Trigrad (cidade próxima a Smolyan) conseguiram, e os camponeses locais querem decretar o chá como símbolo oficial de sua cidade para atrair turistas", conta o médico.

Um empresário local produz inclusive um chá frio com as ervas que é exportado em garrafas ao Japão, onde sua venda aumentou muito após o desastre nuclear de Fukushima.

E ainda dizem que o chá de Mursalski também cura os efeitos da radiação e limita sua expansão pelo corpo, diz o médico búlgaro.

EFE   
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