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Clima

Presidente da COP18: se não apoiarmos os jovens, a quem vamos?

29 nov 2012 - 17h58
(atualizado às 17h59)
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O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (Cop18), Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, conversou nesta quinta com jovens lideranças mundiais que participam do evento da ONU em Doha, no Catar. "Se não apoiarmos os jovens, a quem vamos apoiar?", questiona.

Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), e Abdullah bin Hamad al Attiyah, presidente da COP-18, participaram da abertura
Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), e Abdullah bin Hamad al Attiyah, presidente da COP-18, participaram da abertura
Foto: Reuters

Na conversa, os jovens questionaram sobre assuntos variados, desde mudanças climáticas do planeta até liberdade de expressão. "O que eu quero é que o mundo se mexa rápido. Devemos nos concentrar em atacar as mudanças do clima. Se falharmos, será uma falha de todo o mundo e não individual. O sucesso também será global. No futuro, temos de poder dizer 'fizemos isso'", completa.

Durante o evento, Al-Attiyah falou também sobre a experiência como estudante nos Estados Unidos e da forma como isso o auxiliou no trabalho que desenvolveu ao retornar ao Catar, com mais de 40 anos de serviços prestados ao governo, e elogiou os jovens presentes ao encontro. "Tenho certeza de que vocês são os líderes do futuro".

A primeira semana

Na quarta-feira, o dia foi marcado pelo debate sobre as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e as diretrizes da Plataforma de Durban. Na plenária aberta, durante reunião com participantes brasileiros, o embaixador André Corrêa do Lago reforçou o comprometimento do País na renovação do Protocolo de Kyoto.

De acordo com Fernando Beltrame, da Eccaplan Consultoria em Sustentabilidade e que acompanha a Conferência a convite da ONU, foi discutida ainda a necessidade de melhoria em três aspectos: participação de um maior número de países e comprometimento com metas mais agressivas; aumento da demanda por créditos de carbono e demais incentivos a projetos de mitigação ou redução de emissões; análise dos critérios de adicionalidade e MRV (Mensuração, Reporte e Verificação).

"Além do detalhamento dos itens do documento do segundo período do Protocolo de Kyoto, um debate importante ocorreu para a negociação do novo framework de compromissos, chamado de Plataforma de Durban (Durban Platform for Enhanced Action). Este acordo visa a incluir todos os países a um compromisso climático pós-2020".

Na terça, segundo dia de evento, o executivo da organização da COP18/CMP8 Doha e presidente do Programa Nacional de Segurança Alimentar, Fahad bin Mohamed al-Attiyah, iniciou a fala reforçando a preocupação do Catar com as mudanças climáticas. Segundo ele, o país está preparado para tomar decisões para reduzir seu impacto ambiental e fomentar projetos sustentáveis. "De acordo com um estudo realizado pela ONG britânica Carboun, o Catar é o país com a maior emissão de carbono per capita, 55,4 toneladas de dióxido de carbono por pessoa, cerca de 10 vezes a média global", explica Beltrame.

Segundo esse estudo, na região, o Catar é seguido por Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que estão em terceiro, quarto e quinto do mundo. De acordo com Fahad, o Catar é um dos países mais vulneráveis às consequências dos efeitos extremos do clima, uma vez que 90% do alimento consumido é importado e de 35% a 40% das residências estão localizadas em Doha, uma cidade plana e praticamente no nível do Golfo. Por tudo isso, a proteção ao meio ambiente está entre os pilares do "Qatar Nacional Vision 2030" (QNV 2030), cujo principal objetivo é conscientizar a população sobre a necessidade de se buscar um equilíbrio entre necessidades essenciais e preservação ambiental, garantindo um futuro melhor ao país.

A estreia da conferência da região

Pela primeira vez, a Conferência do Clima é realizada na região do Golfo, oportunidade para os países da região mostrarem o que têm feito e para debaterem os desafios para a mudança climática e vulnerabilidade de água e alimento.

"Este é um momento único, não apenas pela localização geográfica da COP, mas também pela importância de definir a continuidade do único compromisso climático mundial, o Protocolo de Kyoto, e a implementação das práticas definidas no Plano de Ação de Bali. A urgência por ações é refletida na pujança e representatividade do evento, com mais de 190 nações presentes. O dia-a-dia da COP é bastante intenso, com eventos oficiais e paralelos ocorrendo ao mesmo tempo e, ao final de cada dia, alguns países apresentam o resultado das discussões e seus pontos de vista", finaliza Beltrame.

Mais de 17 mil pessoas e 700 ONGs se inscreveram para participar da COP.

Fonte: Terra
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