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Cientistas estudam os efeitos das represas nos salmões

Cientistas estudaram os efeitos de represas na saúde dos salmões

20 fev 2009 - 07h55
(atualizado às 09h00)
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A jornada rio acima para desova de um salmão adulto não é fácil, mas o nado corrente abaixo dos filhotes também não é moleza. Em rios com controle de enchentes e represas hidrelétricas, como muitos no noroeste do Pacífico, os jovens salmões são maltratados, sujeitos a mudanças de pressão extremas e golpes nos canais, túneis e turbinas de energia.

Cientistas estudaram os efeitos desse tratamento hostil durante anos, com o objetivo de desenvolver represas e equipamentos que maltratassem menos os peixes. Para detectar as forças em questão, eles usaram um peixe de mentira contendo acelerômetros e outros aparelhos, e embutiram sensores em peixes de verdade.

Agora eles possuem uma nova ferramenta. Ann Miracle, pesquisadora do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico de Richland, Washington, e seus colegas mostraram que é possível detectar diretamente traumas cerebrais no salmão.

Miracle disse que o trabalho havia surgido de uma discussão com Nancy D. Denslow, da Universidade da Flórida, que contou sobre seus esforços para detectar com rapidez traumas cerebrais de soldados através de um teste para constatar a presença de produtos resultantes da quebra de uma proteína encontrada nas membranas celulares. Danos celulares lançam enzimas que quebram a proteína em componentes menores.

"Percebi que um biomarcador de danos físicos poderia ser muito útil," Miracle disse. Mas primeiramente, ela teve que determinar se a mesma proteína da membrana celular e os produtos resultantes de sua quebra existiam no salmão. Depois de confirmar isso, ela e seus colegas testaram o método no tecido cerebral de um salmão real jovem que havia atravessado uma represa em Snake River.

Eles descobriram que, ao comparar as quantidades de proteína intacta com as quantidades dos produtos resultantes da quebra, uma avaliação dos danos cerebrais podia ser feita. Essa avaliação teve boa correlação com dados sensoriais sobre as condições que os peixes encontraram ao atravessar a represa. As descobertas foram publicadas no periódico de acesso livre PLoS One.

Miracle disse que o objetivo era criar um teste não-letal que funcionaria da mesma forma que os testes em humanos, com análise do líquido raquidiano para encontrar indícios de produtos resultantes da quebra de proteína. "Isso é um pouco mais desafiador em peixes," ela disse, "mas acreditamos que seja possível."

Tradução: Amy Traduções

The New York Times
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