PUBLICIDADE

Cientistas ingleses e Nokia usam raio para carregar celular

1 out 2013 - 19h34
(atualizado às 21h00)
Compartilhar
Exibir comentários
Desenvolvimento de novas tecnologias para carregar celulares é prioridade do setor
Desenvolvimento de novas tecnologias para carregar celulares é prioridade do setor
Foto: Nokia

Mais de 200 anos depois de Mary Shelley escrever sobre a energia de um raio dando vida ao monstro Frankenstein, cientistas copiaram sua ideia para alimentar um telefone. A experiência foi realizada na Universidade de Southampton, na Grã Bretanha, em colaboração com a Nokia.

A fabricante de celulares alertou seus clientes para "não tentar isso em casa". Aproveitar a natureza dessa forma poderia fornecer fontes de energia em que o suprimento de eletricidade é pequeno, explicaram os especialistas.

Grande passo

Usando um transformador, a equipe de cientistas recriou um raio dentro do laboratório. Eles fizeram 200 mil volts cruzarem o ar em um espaço de 30 centímetros.

"Essa descoberta prova que aparelhos podem ser carregados por meio de uma corrente que passa pelo ar. Isso é um grande passo em direção ao entendimento de uma força natural como o raio e o aproveitamento de sua energia", disse Neil Palmer, do laboratório de alta voltagem da Universidade de Southampton.

O raio é uma descarga de eletricidade que ocorre quando ocorre um desiquilíbrio da carga elétrica entre a núvem e a superfície da terra. Em média três pessoas morrem por ano ao serem atingidas por raios na Grã-Bretanha, de acordo com a Sociedade Real para a prevenção de Acidentes.

Encontrar novas formas de carregar telefones celulares e extender a vida útil de suas baterias é a prioridade das indústrias do setor. 

"É certamente uma ideia impressionante", disse Ben Wood, da empresa de análise CCS Insigh. "Se você vive em um vilarejo remoto na Índia pode se beneficiar do desenvolvimento de um aparelho comunitário que carrega telefones", disse.

BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade