Apple estuda aumentar preços do iPhone, diz WSJ
Empresa é uma das principais peças na discussão tarifária entre EUA e China, mas quer desvincular aumento da situação geopolítica
A Apple está avaliando a possibilidade de aumentar preços de iPhones este ano, mas faz questão de evitar vincular qualquer aumento às tarifas de importação dos Estados Unidos contra a China, onde a maioria dos aparelhos é fabricada, publicou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, 12.
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A Apple está entre as empresas mais proeminentes envolvidas nas tensões comerciais entre EUA e China, que se intensificaram nos últimos meses após uma série de tarifas lançadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
A empresa não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar a reportagem do WSJ, que citou fontes familiarizadas com o assunto.
O aumento dos preços pode ajudar a Apple a se manter mais saudável financeiramente devido aos custos mais altos decorrentes das tarifas, que forçaram a empresa a transferir mais produção para a Índia.
A Apple disse no início deste mês que as tarifas deveriam acrescentar cerca de US$900 milhões (R$ 5,1 bilhões) em custos durante o trimestre de abril a junho e que a maioria dos iPhones vendidos nos EUA no período viria da Índia.
Há meses, analistas especulam sobre um aumento de preços por parte da Apple, mas alertam que tal medida pode custar participação de mercado, especialmente porque rivais como Samsung tentam atrair consumidores com recursos de IA que a Apple tem demorado a lançar.
O modelo mais barato do iPhone 16 foi lançado nos EUA com um preço de US$799 — negociado no Brasil a R$ 7.800, mas poderá custar até US$1.142 — se mantida a conversão, aproximadamente R$ 11.174 — devido às tarifas que, de acordo com as projeções do mês passado da Rosenblatt Securities, o custo poderia aumentar em 43%.
O WSJ disse que a Apple está planejando combinar os aumentos de preços com novos recursos e mudanças no design, incluindo um ultrafino, o que poderia ajudar a justificar os aumentos de preços.