A sujeira em tempos de guerra: como a tripulação de um submarino lidou com a falta de papel higiênico durante a Segunda Guerra Mundial
Em meio a torpedos, profundidade extrema e burocracia naval, uma tripulação viveu seu próprio inferno: sobreviver quase um ano sem papel higiênico em pleno Oceano Pacífico
A Segunda Guerra Mundial é um terreno fértil para histórias grandiosas, dramas humanos e feitos heroicos. Mas, vez ou outra, ela também brinda a humanidade com relatos que parecem tirados de uma comédia involuntária — daquelas que só fazem sentido porque, bem, a guerra é absurda por natureza. E poucas histórias capturam tão bem esse espírito quanto a saga do submarino USS Skipjack, cuja tripulação enfrentou um inimigo inesperado: a escassez total de papel higiênico.
A história começa em julho de 1941, quando o submarino solicitou 150 rolos de papel higiênico ao USS Holland, navio de apoio responsável por suprimentos. Nada extravagante, nada fora do normal. Apenas o básico para manter a dignidade humana em um ambiente metálico, claustrofóbico e cercado de mares infestados de inimigos. Mas conforme os meses passavam — e o Skipjack mergulhava cada vez mais fundo no Pacífico —, os rolos nunca chegavam. Em seu lugar, só vinham munições, peças, combustível… tudo, menos o item essencial para a higiene mais básica.
Em março de 1942, quando o tenente-comandante James Coe assumiu o comando do submarino, descobriu que a tripulação já vivia uma rotina que só pode ser descrita como hedionda. Para piorar, Coe recebeu um documento informando que a requisição havia sido cancelada. Motivo? O fornecimento de papel higiênico — algo que qualquer marujo reconheceria a quilômetros — teria sido considerado "material não identificável".
Para quem está acostumado a assinar documentos importantes no ...
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