A economia do streaming está completamente quebrada e as coisas só vão piorar nos próximos anos
Depois de alguns meses turbulentos, o cenário do streaming se estabilizou. Mas não está melhor
O ruído que sonda o mercado há meses já se tornou um fato verificável: o streaming está passando por uma crise econômica. Os sinais que chegam diretamente aos usuários e afetam sua experiência estão aumentando: redução de orçamentos para a produção de novos conteúdos, aumento de tarifas, eliminação de funcionalidades (como o compartilhamento de contas) que há algum tempo eram parte inseparável da experiência...
Além disso, há análises que corroboram essa situação no setor, uma que pode piorar nos próximos anos.
Da glória ao anonimato
Em seu artigo "The Broken Economics of Streaming Services: A Statistical Explanation", o analista Daniel Parris expõe o impasse que muitos serviços de streaming atingiram. Para isso, ele detalha como as plataformas crescem e se mantêm, e como essa dinâmica exige resistência financeira que não está ao alcance de todos. Primeiro, ele dá um exemplo óbvio e recente: a Paramount, uma das mais emblemáticas produtoras de cinema do século XX, tornou-se o mais recente conglomerado de mídia a entrar no negócio de streaming com o Paramount+.
No entanto, os resultados não foram bons: não apenas economicamente sua plataforma é deficitária, como está longe de ter a relevância de concorrentes como a Netflix.
Longa corrida de manutenção
Parris afirma que a maneira de as empresas crescerem no setor é manter seu público sem que partes significativas dele migrem de uma plataforma para outra, em um panorama tão saturado que é impossível para o espectador médio...
Matérias relacionadas