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Ex-secretário de Segurança depõe no julgamento do Carandiru

Quarta, 27 de junho de 2001, 09h28
O julgamento do coronel reformado Ubiratan Guimarães segue hoje com o depoimento das últimas cinco testemunhas, uma de acusação e quatro de defesa. Entre elas, a presença mais aguardada é a do ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Pedro Franco de Campos, que deve confirmar a versão do acusado, de que os PMs estavam autorizados a invadir e evacuar o Pavilhão 9 da Casa de Detenção, em outubro de 1992. Ubiratan, que liderou a operação para acabar com o motim, é acusado pela morte de 111 presos e pela tentativa de homicídio contra outros cinco.

A primeira pessoa a depor, neste oitavo dia de julgamento, é Aparecido Fidelis, a última tesetmunha de acusação. Os sete jurados que julgam o coronel ouvirão ainda, por parte da defesa, Ivo de ALmeida e Fernando Antônio Torres Garcia, ambos juízes, além de Antônio Luis Filardis, juiz aposentado. Ontem, os jurados ouviram duas testemunhas, ambas de acusação: um ex-detento, Luis Carlos Santos Silva, que sobreviveu ao massacre e disse ter se fingido de morto para escapar da morte, e o perito do Instituto Criminalístico de São Paulo, Osvaldo Negrini Neto.

Negrini desmentiu a tese da defesa do coronel, de que teria havido confronto entra presos e PMs durante a invasão da Tropa de Choque na Casa de Detenção. Ele afirmou que os vestígios de bala, encontrados nas paredes das celas, mostram que inúmeras rajadas de metralhadoras foram disparadas, bem como tiros de pistolas. O perito disse também que foi possível identificar que os disparos foram feitos da porta e do centro das celas, em alvos fixos.

Na segunda-feira, fase inicial dos depoimentos, os jurados ouviram sete testemunhas, todos sobreviventes do massacre, chamados pela acusação. Os relatos dos detentos e ex-detentos foram semelhantes. Todos eles afirmaram que os presos não reagiram, que os agentes carcerários os abandonaram assim que começou uma briga entre presos, que não havia armas de fogo com os internos e que a polícia atirou, deliberadamente, em detentos que tentavam se proteger dentro das celas.

Solidariedade - Um grupo de 30 policiais, civis e militares, fizeram hoje, por volta das 9h, uma breve manifestação de apoio ao coronel Guimarães, do lado de fora do Fórum da Barra Funda, na zona oeste da cidade, onde ocorre o julgamento. Solidários ao réu, os manifestantes faziam parte do Movimento de Resistência ao Crime (MRC). Todos vestiam camisetas com o dizer "os humanos direitos absolvem o coronel Ubiratan". "Ele está sendo usado como bode espiatório", disse Luis Antônio Santos, coordenador do MRC.

Ubiratan escreveu um bilhete, pouco antes do início do julgamento de hoje, agradecendo o apoio: Meus Companheiros, Sensibiliza-me saber que vocês estão enfrentando o frio para me trazer o seu calor e apoio. Nessa hora difícil, os verdadeiros amigos e as pessoas de bem, que acreditam na justiça e na nossa luta, me fazem acreditar que a absolvição é certa. Um abraço.

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Redação Terra

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