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Pilotos afirmam que o pouso de Boeing foi operação de risco

Sexta, 18 de agosto de 2000, 04h21min
O pouso do Boeing 737-200 da Vasp numa pista asfaltada de 1.700 metros foi uma operação de risco. O clima emocional no interior do Boeing, causado pela presença de cinco bandidos armados, e a pista desconhecida pelo piloto Sérgio Carmo dos Santos significaram perigo de acidente. A avaliação é dos pilotos José Ataides Seabra e Fernando Murilo de Lima e Silva, que têm experiência nesse modelo de avião da Vasp.

Seabra disse que pilotos têm a relação das pistas autorizadas pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). O desconhecimento da pista pode induzir um piloto a pousar em piso sem resistência para um Boeing e, como conseqüência, o trem de pouso pode afundar no chão ou quebrar-se.

De acordo com Seabra, um pouso seguro exige que o piloto tenha conhecimento da temperatura da cabeceira da pista, pressão atmosférica e vento, dados necessários para regular a velocidade. Ele acredita que o piloto deve ter feito cálculos aproximados para o pouso em Porecatu.

Experiência - Em 1988, Lima e Silva viveu a experiência de comandar um vôo, com mais de 100 passageiros, que foi tomado pelo seqüestrador Raimundo Nonato. Foram seis horas dramáticas: o seqüestrador matou um co-piloto, feriu outro e um comissário. O avião iria de Belo Horizonte para o Rio. O seqüestrador, com o objetivo de arremessar o avião numa operação suicida contra o Palácio da Alvorada, obrigou-o a mudar a rota para Brasília.

Caças - Lima e Silva viu dois caças Mirage da Força Aérea Brasileira (FAB), que teriam a missão de interceptar o avião. Sem combustível, conseguiu convencer o seqüestrador a pousar em Goiânia. No momento em que era transferido pelo bandido para outro avião, a polícia matou o seqüestrador. O piloto ficou ferido no joelho direito.

"A minha sorte foi que eu mantive o equilíbrio emocional", recorda Lima e Silva. Na sua opinião, esse é o comportamento que um piloto deve ter na hora de um seqüestro. Além de tentar conversar com o bandido.

Depressão - Ele lembra que o seqüestrador disparou cerca de 20 tiros no interior da cabine. Apesar da violência, não houve pânico entre os passageiros e isso foi fundamental para ajudá-lo a manter o equilíbrio. Depois do seqüestro, tomou por um mês remédio para dormir. Passou a ter depressão.

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O Estado de S. Paulo

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