Prestes a completar 31 anos de vida, no dia 30 de março, Anitta decidiu viajar sozinha para a Groenlândia e para a Escócia. A artista embarcou na aventura solo por 10 dias e compartilhou fotos da viagem nas redes sociais.
“Esse ano, antes do meu aniversário, decidi viajar sozinha para me conectar comigo mesma e com a natureza”, escreveu. “Passei 10 dias experimentando as coisas boas e ruins de estar só num lugar desconhecido. Foi incrível. Quanta coisa curiosa e especial aconteceu esses dias”, relatou Anitta.
Tendência global de turismo
Nas imagens, Anitta aparece visitando castelos antigos, curtindo a neve e assistindo à aurora boreal.
Os destinos escolhidos pela cantora para essa aventura solo, porém, refletem uma nova tendência do turismo global: as "coolcations", que nada mais é do que a nova onda de viagens para destinos muito frios.
E não somos nós que estamos dizendo. No Google Trends houve um aumento de 300% na busca pelo termo "cooler vacations" (férias super frias) em comparação com o mesmo período do último ano, segundo dados divulgados pela publicação Selling Travel.
Quais são os destinos das "coolcations"?
Os destinos populares desta tendência incluem regiões do Ártico (como a Groenlândia, por exemplo), áreas montanhosas como os Alpes Suíços, ou mais longe ainda, como o Alasca e a Patagônia. Essa trend é reflexo das mudanças climáticas e do medo que muitas pessoas sentem de que estes paraísos um dia sejam exterminados.
De acordo com informações da Iglu Cruise, houve o seguinte aumento na procura de destinos de frios de 2022 para 2023:
- Ártico – 235%
- Canadá – 137,4%
- Ilhas Britânicas – 33,3%
- Antártida – 32,4%
- Fiordes e Noruega – 23,2%
- Alasca – 22%
Ainda assim, estes não foram os locais mais visitados por turistas no último ano. Pelo contrário, o ranking foi dominado por destinos com clima bem mais ameno, como Paris, Dubai, Madrid, Tóquio e Amsterdã, como apontou o último relatório da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.
Riscos da Coolcation
Especialistas, porém, ficam com pé atrás quanto à tendência. Como os destinos dessas viagens são menos inóspitos, a migração de turistas pode colocar em risco os recursos naturais das regiões.
Por exemplo, pequenas cidades como Utqiagvik, no Alasca, já enfrentam dificuldades com o fluxo de turismo. Além do que é preciso contratar mais gente para atender às demandas dos turistas, e essas vilas nem sempre oferecem infraestrutura básica (energia, saneamento, coleta de lixo) para abrigar uma população maior – e dar conta dos viajantes.
Isso sem falar da poluição e dos gases agravantes do efeito estufa que são liberados durante as viagens de avião para chegar a estes destinos.
Para realizar uma viagem sustentável, e não comprometer o ecossistema do destino escolhido, o ideal é escolher transportes neutros em carbono, buscar hospedagens com pegada ecológica e escolher passeios que respeitem as culturas locais. Feito isso, basta encher a mala de agasalho e partir para a aventura.