Alguns hábitos aparentemente inofensivos, como roer unhas e usar escovas muito duras, podem causar danos aos dentes e à gengiva; cuidados adequados e uso de ferramentas apropriadas são essenciais para a saúde bucal.
A saúde oral vai muito além do uso, após a refeição, de escova e pasta de dente. Na verdade, é necessário estar atento a alguns hábitos do dia a dia, como roer unhas e abrir embalagens com os dentes, por exemplo.
“Esses hábitos não devem jamais ser realizados, pois, podem provocar fraturas no esmalte dental (capacete protetor dos dentes) e danos à dentina (parte mais interna dos dentes) e polpa (popularmente conhecido como nervo, mas que na realidade é um tecido irrigado por vasos sanguíneos e filamentos nervosos). Hábitos como morder tampa de caneta ou mascar gelo também são muito perigosos e podem causar fraturas e/ou necessidade de tratamentos endodônticos (tratamento de canal) devido a instalação de processos inflamatórios”, explica o cirurgião-dentista Hugo Roberto Lewgoy, consultor científico da Curaden Swiss e Especialista, mestre e doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
Segundo o cirurgião-dentista, hábitos como roer unhas, abrir embalagens com os dentes, usar palitos ou morder tampas de caneta podem parecer inofensivos, mas devem ser evitados para preservar a integridade dos dentes. Além disso, até mesmo o que parece saudável pode causar danos: “Por exemplo, escovar os dentes com escovas dentais muito duras pode causar a abrasão de esmalte (desgaste) e retração gengival (recessão). Da mesma forma a utilização de fio dental sem controle, quando a pessoa fica dando uma verdadeira ‘estilingada’ na gengiva não é adequado”, explica Hugo.
Segundo o cirurgião-dentista, a higiene bucal deve ser realizada de forma suave, porém, com escovas dentais de boa qualidade. “É fundamental que elas tenham um grande número de cerdas, como as escovas dentais Ultrasoft 5460, Smart ou Velvet, esta última com 12.460 cerdas ultramacias. Economizar com produtos de higiene oral não vale a pena e pode causar a necessidade de tratamento odontológicos muitas vezes desconfortáveis e caros”, diz Hugo.
“A técnica de escovação é fundamental e deve ser ensinada pelos cirurgiões-dentistas. Com o passar do tempo, as cerdas das escovas dentais acabam perdendo a rigidez ideal e, quando isto ocorre, de uma forma quase inconsciente, aumentamos a força e consequentemente a carga durante o ato de escovação. Isto pode causar danos irreparáveis aos tecidos orais (dentes e gengivas). Assim, a manutenção da mesma eficiência durante a escovação dental é de fundamental importância para prevenir a abrasão do esmalte dental, a retração das gengivas, a exposição do colo dental e a hipersensibilidade”, explica.
O cirurgião-dentista destaca que a recomendação é a realização da substituição das escovas no máximo a cada três meses. “Orientamos que os pacientes realizem a escovação segurando o cabo com a ponta dos dedos. Isto vai evitar uma força exagerada suavizando a escovação. Porém, devido as cerdas das escovas recomendadas serem ultramacias, justamente para não machucarem as gengivas, acabam sendo muito sensíveis a utilização de uma força um pouco mais intensa durante a escovação. Não recomendamos movimentos horizontais de vai e vem e sim, apenas a realização de movimentos vibratórios circulares rápidos e sem força, sempre dente a dente em cada uma das faces aparentes (vestibular, palatina/lingual e oclusal/incisal), pois as cerdas ultramacias são muito finas e podem ser danificadas caso a escovação seja realizada de outra forma”, destaca.
Por fim, o cirurgião-dentista explica que o uso da escova interdental é altamente necessário. “Os dentes possuem cinco ‘lados’, na realidade são as chamadas faces dos dentes. A parte aparente dos dentes, que conseguimos visualizar dentro da boca é chamada coroa dental e a parte não aparente é a raiz que está fixada através dos ligamentos periodontais na maxila e mandíbula (parte óssea). A coroa dental possui três faces aparentes, chamadas face vestibular (parte da frente dos dentes), face lingual ou palatina (parte de trás dos dentes) e oclusal ou incisal (parte que efetua a mastigação ou corte/laceração dos alimentos). A escova dental consegue chegar apenas nessas três faces aparentes citadas anteriormente, porém, existem mais duas faces de contato entre os dentes (chamadas face mesial e distal) que são justamente dos lados por onde os dentes se tocam, e que são totalmente inacessíveis às escovas dentais. Somente a escova interdental do tipo CPS Prime consegue entrar nessa região e efetuar a limpeza adequada”, explica.
“O fio dental, por exemplo, pode ser indicado para efetuar esse mesmo trabalho, porém, como existem irregularidades e concavidades de difícil acesso nessas faces de contato entre os dentes, somente as escovas interdentais conseguem executar com perfeição a desorganização do biofilme oral que se forma nessa região. O fio dental é um ótimo aliado para a remoção de detritos alimentares, mas somente as escovas interdentais Prime conseguem higienizar alguns pontos de difícil acesso e que se assemelham a verdadeiros ‘pratos de sopa’ encontrados nessas regiões de contato dos dentes”, explica.
“Fazendo uma analogia, podemos dizer que o fio dental encostaria ‘nas bordas do prato de sopa’ e jamais conseguiria limpar o ‘fundo do prato’, que seria possível somente com as escovas interdentais CPS Prime”, diz Hugo.
Por fim, para pacientes com danos à gengiva, o melhor a fazer é buscar ajuda de um cirurgiã-dentista. Existem produtos como o Gengigel, da EHM, que conta com ácido hialurônico em sua composição para acelerar a regeneração dos tecidos gengivais, diminuindo as dores na gengiva. “Ele protege as mucosas orais contra infecções, alivia a dor e reduz a inflamação e sangramento gengival e peri-implantar, principalmente pelo fato de ser formulado com ácido hialurônico obtido por meio de um processo biotecnológico patenteado que garante uma elevada pureza e qualidade”, finaliza.
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