Remédios que combatem a obesidade: benefícios e riscos

Medicamentos como Wegovy, Mounjaro e Ozempic chamam a atenção no combate à obesidade. Esses remédios nasceram para tratar o diabetes tipo 2, porém ganharam espaço no controle do peso. A discussão cresce porque muita gente quer entender como funcionam e quais riscos trazem para o organismo. Essas medicações usam uma mesma lógica. Elas imitam hormônios […]

26 dez 2025 - 09h33

Medicamentos como Wegovy, Mounjaro e Ozempic chamam a atenção no combate à obesidade. Esses remédios nasceram para tratar o diabetes tipo 2, porém ganharam espaço no controle do peso. A discussão cresce porque muita gente quer entender como funcionam e quais riscos trazem para o organismo.

Essas medicações usam uma mesma lógica. Elas imitam hormônios que o corpo já produz no intestino. Desse modo, regulam a fome, a saciedade e o metabolismo da glicose. O tema envolve benefícios, limitações e também efeitos adversos que ainda exigem acompanhamento próximo.

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Foto: Giro 10

Como Wegovy, Mounjaro e Ozempic atuam no corpo?

A palavra-chave central é remédios para obesidade. Wegovy e Ozempic utilizam a semaglutida. Mounjaro usa a tirzepatida. Essas substâncias imitam o GLP-1 e, no caso do Mounjaro, também o GIP. Esses hormônios intestinais enviam sinais para o cérebro.

O organismo passa a sentir saciedade mais cedo. O esvaziamento do estômago fica mais lento. Assim, a pessoa reduz o tamanho das refeições. Além disso, esses remédios melhoram o controle da glicose. Por isso, médicos usam muito em pacientes com diabetes tipo 2.

Por que remédios para obesidade surgiram a partir de tratamentos para diabetes?

Os pesquisadores testaram a semaglutida e a tirzepatida em pessoas com diabetes. Durante os estudos, observaram uma perda de peso consistente. A redução do apetite apareceu como efeito adicional. A partir desses resultados, surgiram versões com doses específicas para obesidade.

Hoje, Wegovy se apresenta focado no tratamento da obesidade. Já Ozempic e Mounjaro mantêm indicação principal para diabetes tipo 2. Porém, alguns profissionais prescrevem essas opções para emagrecimento em situações bem avaliadas. Esses usos exigem registros e protocolos diferentes em cada país.

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Se servem para diabetes, podem gerar alguma contraindicação na obesidade?

Os remédios para obesidade não servem como solução simples. Eles exigem avaliação individual. Pessoas com histórico de pancreatite, por exemplo, precisam de cuidado extra. Portadores de certas doenças endócrinas também entram em grupos que exigem análise detalhada.

Além disso, as bulas trazem alertas sobre risco de tumores de tireoide em estudos com animais. A ciência ainda avalia a relevância desse dado em humanos. Por isso, médicos geralmente evitam esse tipo de medicamento em pessoas com histórico de câncer medular de tireoide.

Quais são os principais benefícios desses medicamentos?

Os prós envolvem mais que perda de peso. A redução de massa corporal melhora parâmetros metabólicos. Isso inclui pressão arterial, colesterol e triglicerídeos. Dessa forma, o tratamento ajuda a diminuir o risco de doenças cardiovasculares.

  • Perda de peso sustentada em pacientes com obesidade ou sobrepeso.
  • Melhor controle da glicemia, com menor pico de açúcar no sangue.
  • Redução da gordura visceral, que aumenta o risco cardiometabólico.
  • Ajuda no controle da compulsão alimentar em alguns casos.
  • Possível melhora do sono, por redução da apneia relacionada ao peso.

Em muitos pacientes, a pressão arterial também cai. O fígado reduz o acúmulo de gordura. Dessa maneira, o tratamento com Wegovy, Mounjaro ou Ozempic pode reduzir internações e complicações a longo prazo.

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Quais são os riscos, efeitos colaterais e limitações?

Os contras aparecem principalmente no sistema digestivo. Náuseas, vômitos e diarreia surgem com frequência no início. Algumas pessoas relatam dor abdominal e constipação. Em geral, os médicos ajustam a dose de forma lenta. Assim, o corpo se adapta melhor ao medicamento.

  • Náuseas persistentes e desconforto gástrico.
  • Diarreia ou prisão de ventre, às vezes alternados.
  • Risco de pancreatite aguda em casos específicos.
  • Possível perda de massa muscular se a pessoa não pratica exercícios.
  • Reganho de peso após a suspensão do remédio.

Outro ponto envolve a relação com a comida. Algumas pessoas passam a comer muito pouco. Isso reduz calorias, porém pode comprometer nutrientes. Por essa razão, nutricionistas costumam participar do acompanhamento. O objetivo envolve manter proteínas, vitaminas e minerais em níveis adequados.

Esses remédios substituem mudanças de estilo de vida?

Os especialistas reforçam um ponto. Remédios para obesidade não substituem alimentação equilibrada. Eles funcionam melhor quando o paciente melhora hábitos. Atividade física regular, sono adequado e manejo do estresse entram na mesma estratégia.

  1. O médico avalia histórico clínico e exames.
  2. Define a indicação do medicamento e a dose inicial.
  3. Orienta ajustes na alimentação, com foco em qualidade.
  4. Estimula exercícios resistidos para proteger a massa muscular.
  5. Reavalia periodicamente o tratamento e a necessidade de continuidade.

A obesidade se comporta como doença crônica. Por isso, o tratamento muitas vezes precisa de longo prazo. Em alguns casos, o profissional decide manter uma dose de manutenção. Em outros, ele suspende a medicação e observa o comportamento do peso.

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Como avaliar se Wegovy, Mounjaro ou Ozempic fazem sentido em cada caso?

A decisão exige análise profissional individual. O especialista considera índice de massa corporal, presença de diabetes, histórico familiar e outras doenças associadas. Além disso, o acesso ao medicamento e o custo entram na avaliação.

O uso responsável desses remédios para obesidade tende a seguir protocolos clínicos. Assim, a pessoa recebe acompanhamento regular, exames periódicos e ajustes de dose quando necessário. O objetivo final envolve reduzir riscos de saúde e manter o peso em um patamar mais seguro ao longo do tempo.

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Foto: Giro 10
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