Quando pensamos em musculação, a primeira imagem que vem à mente é a estética ou a performance esportiva. No entanto, para a ciência, os músculos são um verdadeiro seguro de vida biológico.
A importância da massa muscular vai muito além de levantar pesos. Ela é o que determina a sua resiliência metabólica em situações críticas, como uma internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A bióloga e influencidora, Mari Krüger, faz vários vídeos nas redes sociais que alerta sobre a importância de praticar musculação e desenvolver um corpo preparado para emergências.
O músculo como reserva de sobrevivência
O músculo é responsável por armazenar aminoácidos essenciais que o corpo utiliza para produzir células de defesa e manter o funcionamento de órgãos vitais em momentos de estresse extremo. Em uma UTI, o corpo entra em um estado de hipercatabolismo, ele "consome" a si mesmo para lutar contra infecções.
Segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), os pacientes podem perder até 30% de massa muscular em 14 dias na UTI.
Assim, com uma reserva muscular adequada, seu organismo vive o período crítico mais facilmente. Caso contrário, o corpo consumirá outras partes do corpo, piorando a saúde clínica do paciente.
Além da força: função metabólica e imunidade
-
Controle glicêmico: O músculo é o principal consumidor de glicose do corpo, prevenindo picos de insulina que inflamam o organismo.
-
Liberação de miocinas: Substâncias produzidas pelo músculo que combatem a inflamação sistêmica e fortalecem o sistema imune.
-
Recuperação pós-alta: Pacientes com mais massa muscular saem da ventilação mecânica mais rápido e recuperam a autonomia em menos tempo.
Portanto, treinar força não é sobre vaidade, é sobre construir uma "poupança" de saúde. Como defende a ciência moderna, o músculo é o seu maior aliado na longevidade e na sobrevivência.
Leia também na SportLife:
-
Três Graças: entenda a doença rara que afeta a Lígia
-
Caso Virginia acende alerta sobre autoestima infantil