OMS mantém ebola com status de emergência de saúde de alcance internacional

5 out 2015 - 13h17

O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta segunda-feira que a epidemia de ebola na África Ocidental continua a ser uma emergência sanitária de preocupação internacional, por isso manteve todas as recomendações para evitar sua expansão.

Apesar de haver cada vez menos casos e que os três países mais atingidos - Guiné, Libéria e Serra Leoa - continuarem a aplicar rígidos controles de saída, o risco de contágio persiste, assim como a ameaça de uma expansão internacional.

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Os membros do Comitê decidiram que, diante esta situação, manter as recomendações estabelecidas há mais de um ano.

Elas incluem evitar o contágio no interior dessas nações, manter os controles de saída e impedir que os doentes deixem o país exceto em casos de uma evacuação que cumpra todas as medidas de segurança.

O Comitê voltou a criticar os países que mantêm em vigor medidas que vão além das recomendadas pelo organismo, como a quarentena das pessoas que retornam das três nações mais afetadas, a anulação de voos provenientes desses países e a recusa de cidadãos dessa região.

Em 9 de maio, a OMS anunciou o fim da transmissão do ebola na Libéria, o que tornou este pequeno país de África Ocidental o primeiro dos três mais afetados a superar o contágio da doença, que ressurgiu pouco depois.

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A OMS declarou em 3 de setembro pela segunda vez à Libéria "país livre da transmissão entre humanos do ebola", após completar 42 dias desde o resultado negativo do segundo teste de diagnóstico do último paciente infectado no país.

Esse país tem ainda 90 dias de intensa vigilância para evitar que a doença ressurja.

O total de casos na Guiné e em Serra Leoa ficou abaixo da dezena na últimas semanas, e Free Town, a capital de Sierra Leoa, não detectou nenhum caso nos últimos 42 dias.

No entanto, ainda está ativa uma cadeia de transmissão em cada país e foram identificadps casos post-mortem, o que significa que não tinham sido detectados quando o paciente estava vivo e infectando, e que ainda existe resistência às operações de controle em algumas regiões.

Todo isso obrigou ao Comitê a ser prudente e manter a classificação.

O primeiro caso de ebola surgiu na Guiné em dezembro de 2013, em março de 2014 foi constatadoo o surto.

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Em mais de ano e meio, a epidemia infectou 28.424 pessoas, e 11.311 mortes.

  
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