O recente alerta emitido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), após casos de intoxicação por bebidas adulteradas em São Paulo, incluindo cinco mortes recentes, reacendeu a preocupação sobre os riscos do metanol. Essa substância, usada em solventes e combustíveis, pode ser confundida com o etanol, o álcool presente em bebidas, mas é altamente tóxica e não deve ser ingerida em hipótese alguma.
Quando consumido, o metanol é metabolizado pelo fígado e se transforma em formaldeído e ácido fórmico, compostos que atacam diretamente o sistema nervoso e os nervos ópticos. Por isso, os efeitos no corpo podem ser devastadores, mesmo em pequenas quantidades.
Os sintomas iniciais aparecem geralmente entre 30 minutos e 24 horas após a ingestão e incluem:
- Náuseas, vômitos e dor abdominal;
- Dor de cabeça intensa e tontura;
- Alterações visuais, como visão borrada ou manchas escuras.
- Nos casos mais graves, a intoxicação pode evoluir para:
- Cegueira irreversível;
- Convulsões e coma;
- Falência respiratória;
- Morte.
A recomendação é: quem apresentar sintomas após consumir bebidas suspeitas deve procurar imediatamente um hospital. Os episódios registrados em São Paulo mostram que o problema não é apenas individual, mas de saúde pública.
Por isso, autoridades reforçam que consumidores devem estar atentos a sinais de adulteração, como preço muito baixo, embalagens violadas e falta de procedência, além de evitar qualquer produto que desperte desconfiança.